Novas e interessantes fei��es, presentes nas �ltimas  fotos de rochas marcianas, come�am a lan�ar luz sobre os segredos do Planeta Vermelho

 

por  Pedro Jacobi

 

A sonda Opportunity enviou excelentes fotos tiradas pelo seu microsc�pio do solo marciano e de um belo afloramento onde s�o claras as estratifica��es. Sinais de sedimentos ou de tufos vulc�nicos?

A foto 1 (clique para ampliar) mostra claramente um afloramento de rocha estratificada circundada pela areia marciana. Em alguns pontos do afloramento as estratifica��es parecem estar formando sets distintos como em uma estratifica��o cruzada. Com estas imagens aumenta o interesse da equipe de ge�logos da Nasa em busca de sinais de vida.

� claro que a estratifica��o pode ser de car�ter e�lico ou mesmo derivada da deposi��o de sedimentos vulcanocl�sticos. Mas a possibilidade de serem sedimentos sub-aqu�ticos ati�a a imagina��o de todos.

J� nas fotos tiradas pelo microsc�pio da Opportunity a situa��o � outra. As fotos 2 e 3  mostram em detalhe (mil�metros) o solo marciano. Nestas fotos foram visualizadas pequenos "fragmentos" esf�ricos a sub-esf�ricos com cavidades.

Estas "esferas" como est�o sendo chamadas pelos cientistas s�o muito interessantes e sugerem uma multiplicidade de hip�teses conforme abaixo:

  1. Fragmentos rolados de vulc�nicas amigdal�ides. Desta forma a esfericidade seria causada pelo transporte e pela abras�o dos ventos na superf�cie marciana e as cavidades seriam ves�culas ou "bolhas" vulc�nicas sem preenchimento mineral.
  2. Seixos rolados de material com perfura��es causadas por seres vivos: Na Paleontologia terrestre s�o comuns os f�sseis de rochas com perfura��es causadas por vermes ou animais que vivem abaixo da superf�cie. Este pode ser o caso das intrigantes fei��es encontradas no solo marciano. Ao que tudo indica o Planeta, um dia, teve abund�ncia de �gua o que tamb�m significa que teve abund�ncia de vida. A medida que a �gua evaporasse muitos seres vivos devem ter procurado ref�gio abaixo da superf�cie para se proteger das elevadas temperaturas e das tempestades de areia.
  3. Seixos rolados de material fossil�fero: esta hip�tese atinge a fronteira da nossa ci�ncia e s� poderia ser constatada ap�s an�lise mais detalhada dos fragmentos, que poderiam ser de carapa�as ou esqueletos de seres vivos possivelmente fossilizados.

 

Foto 1: Estratifica��o clara em afloramento. Sedimentos ou Vulc�nicas?

Foto 2: Microfotografia do solo marciano mostrando "n�dulos ou gr�os" arredondados com "perfura��es" Foto 3: Microfotografia do solo marciano mostrando "n�dulos ou gr�os" arredondados com "perfura��es" Foto 4: Detalhe da rocha "vulc�nica amigdal�ide"  Adirondack e do solo "later�tico" circundante. Foto 4: Microfoto da rocha "Adirondack" ap�s a limpeza mostrando as ves�culas (drusas) preenchidas por minerais.

Do outro lado do planeta a Spirit volta a ativa e envia uma foto do pequeno afloramento que a bloqueou por um certo tempo.

O afloramento que a Spirit fotografou com grande nitidez (foto 4)  mostra uma rocha maci�a, pouco fraturada, com grande n�mero de cavidades circulares a semi-circulares, tendo a face limpa, extremamente polida  pela abras�o da areia transportada pelos ventos preferenciais.

O interessante � que a rocha originalmente estava coberta de areia vermelha como � vis�vel ainda em um dos flancos. Esta areia foi retirada pela Spirit que tem um dispositivo para limpar e varrer os detritos que estavam acumulados na superf�cie.

A rocha, denominada de Adirondack, talvez uma alus�o as montanhas muito erodidas dos Adirondack a norte de Nova York. L� as rochas, quase todas metam�rficas do embasamento,  foram erodidas por glaciais o que n�o parece nada com  o caso da nossa Adirondack marciana...Esta  parece sim,  ser uma vulc�nica amigdal�ide m�fica. Ela se encontra circundada por um solo repleto de seixos menores, arredondados e aparentemente cimentados por �xidos de ferro muito semelhante a uma laterita ferruginosa. Se o solo � later�tico como parece ele s� poderia ser formado na presen�a de �gua em um passado remoto. 

Ap�s a limpeza � poss�vel ver com nitidez as cavidades e drusas preenchidas ou n�o por minerais secund�rios e a estrutura de uma rocha tipicamente amigdal�ide (foto 5).

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