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    O sistema de testemunhagem a ar

(Air Core)

 

 

 

 

O bit de Air Core. A área esférica central pode produzir testemunhos com 30mm de diâmetro em formações competentes.

 

 

 

 

Diagrama das operações

 

   

 

A UNIDRILLING executa os serviços de testemunhagem a ar, inventado na Austrália, aonde existem extensas regiões de grande potencial mineral, com pouca ou nenhuma água que possa ser utilizada em sondagem rotativa a diamante.

 

O sistema de testemunhagem a ar foi desenvolvido, num primeiro momento, em 1974, para uso na indústria de areia. O principal requisito da amostragem era a acurância.

 

Durante os testes foi verificada a vinda à superfície de testemunhos com até 12 polegadas de comprimento, obtidos em seções mais compactas. Daí ter-se dado o nome de testemunhagem a ar.

 

Desde que o sistema de testemunhagem a ar foi desenvolvido, mais de vinte milhões de metros de sondagem foram completados na busca de minerais e fontes de energia. Carvão, urânio, xisto, ouro, estanho, areias minerais, bauxita e outros depósitos sedimentares foram sondados com sucesso.

 

A utilização do método para a perfuração do intervalo inicial em sedimentos, solos e alterações, antes da utilização da sondagem rotativa a diamante, na base rochosa, utilizando a mesma sonda é uma prática comum, quando empregadas sondas multi-purpose, ou mesmo com dois equipamentos. A sonda Air Core amostra rapidamente o capeamento até o bit refusal point (o bit é de vídia), e uma sonda rotativa a diamante completa o furo.

 

A sondagem testemunhada a ar é rápida e consiste de um sistema de amostragem acurado, que pode elevar o coeficiente da velocidade dos programas de sondagem, além de reduzir sensivelmente os custos no campo. É uma ferramenta de grande valor na exploração mineral e para o ore and grade no desenvolvimento de minas, muito especialmente de níquel, bauxita e caulim.

 

É muito aplicado também numa varredura preliminar da área de sondagem aonde de 1.500 a 2.000 metros de sondagem são executados em menos de um mês, propiciando dados para a demarcação mais precisa de furos diamantados, ou combinados. A rapidez e o baixo custo são fatores exponenciais no uso do sistema.

 

O método é também de grande aplicabilidade na instalação de piezômetros para monitoramento ambiental, executando o serviço de forma rápida, acurada e segura.

 

POR QUE USAR A  TESTEMUNHAGEM A AR

 

  1. Bacias sedimentares e areias

 

Essas áreas são normalmente difíceis de se sondar. Argilas, areias soltas, lençol freático e cavidades são justamente algumas das dificuldades encontradas. A testemunhagem a ar foi especificamente desenhada para uma rápida e acurada amostragem nesses tipos de estratos.

 

  1. Amostragem acurada

 

Utilizando o princípio da circulação reversa, as amostras são carreadas acima através do tubo interno concêntrico. Nessa passagem pode ocorrer uma mínima, se ocorrer, contaminação. Cuttings, testemunhos, etc., chegam à superfície quase que imediatamente. Cálculos da profundidade das amostras em intervalos de até 2 centímetros são possíveis. Testemunhos com até 30 centímetros de comprimento podem ser cortados em estratos competentes. Em outros casos, chips e cuttings são carreados à superfície.

 

  1. Amostras identificáveis

 

O ar é basicamente o meio re-circulante. Cuttings, testemunhos e chips chegam à superfície limpos e sem estarem envolvidos em lama, espumas ou outros aditivos de sondagem. O geólogo não necessita vasculhar galões de lama de perfuração antes de ter acesso às amostras. Equipes de amostragem podem trabalhar rapidamente e dificilmente perdem mudanças importantes de estratigrafia.

 

  1. Rápida penetração

 

O sistema foi concebido para uma rápida penetração, mesmo em locais difíceis. Podem ser esperadas produtividades de mais de 100 metros por turno, em se tratando de sondagem de exploração. Na sondagem para o desenvolvimento de minas, pode-se alcançar até 300 metros por turno. Estas diferenças de coeficiente de produtividade são causadas pelos tipos de formação a ser perfurada, acesso e habilidade da equipe de amostragem de acompanhar o progresso da sondagem.

 

  1. Argilas

 

Argilas que normalmente param a Circulação Reversa convencional são rapidamente sondadas usando o sistema de testemunhagem a ar. Graças ao desenho da sonda e do fluxo de ar na face do bit, a argila é removida imediatamente. Empelotamento da argila jamais ocorre. Coeficiente de penetração em argila de um metro a cada 30 segundos são alcançados sem grande dificuldade.

 

Diferentes argilas têm diferentes formas de serem sondadas. Algumas argilas de granulometria muito fina podem demandar uma pequena quantidade de injeção de água para interromper o processo de gruda nas paredes do tubo interno.

 

Entretanto, o máximo que se usa de água nesses casos, não excede 400 litros por dia.

 

  1. Areias soltas

 

Este é um problema para qualquer método de sondagem. Não apenas a areia se move como a água faz a mesma fluir. Isto pode causar dificuldades numa amostragem acurada, bem como entupir as hastes. O sistema de testemunhagem a ar já comprovou ser capaz de completar esses furos na profundidade pretendida, nesse tipo de formação, sem dificuldades.

 

  1. Cavidades e solo fraturado

 

Diferente da maioria dos métodos de sondagem a ar, o sistema de testemunhagem a ar, vira a direção do ar comprimido dentro da própria face do bit, e não do lado de fora da coluna de hastes. Além disto, isto não requer uma zona de pressão na frente da broca de perfuração, para recuperar as amostras. Outros sistemas de sondagem, ao encontrarem fraturas, fissuras ou cavidades, perdem a pressão do ar através do espaço aberto. Com isto a amostra perde-se nas fissuras. O sistema de testemunhagem a ar forma um vácuo na face do bit. Ele conduz a amostra através da face do bit e a coluna de ar a eleva até a superfície, aonde é coletada de metro em metros (ou outros intervalos), através de um ciclone com saída no mesmo diâmetro do furo.

 

  1. Capacidade de manejar grandes volumes de água

 

Formações com grande fluxo de água não são um grande problema. O principal requerimento é alta pressão de ar, para se contrapor a pressão de água. O desenho do bit assegura uma rápida limpeza dos cuttings.

 


 

Por: LUIZ CARLOS VASCO, profissional de sondagem há 36 anos é o Diretor Comercial da UNIDRILLING;Administrador da BOART DRILLING (ex-Toro do Brasil), de 1976 a 1979; Gerente de Sondagem da GEOMITEC, de 1979 a 1984; Gerente Comercial da SETA, de 1984 a 1993 e com empresas próprias desde então.

 

Na SETA coordenou a vinda da Austrália da sondagem RC e Air Core para o Brasil, tecnologia até então não disponível aqui, repassada pela SELECTION TRUST, do Grupo BP, envolvendo a montagem local das sondas e fabricação do ferramental, em época que era muito difícil se obter licença para importação. Em 2005 trouxe a tecnologia de furos direcionais orientados da DEVICO (Noruega), como Diretor Gerente da DEVICO BRASIL, até 2011, possibilitando a execução de múltiplas interseções em direções diferentes a partir de um furo mãe (o chamado pé de galinha), já bastante utilizado por algumas das principais empresas de mineração no Brasil, com grande economia de tempo e de recursos.

Editor por 7 anos da Revista Sondagem & Exploração Mineral e representante do MINING JOURNAL e da MINING MAGAZINE para o Brasil, por 10 anos.