Zimbábue quer nacionalizar mineradoras e ficar com um quarto delas

Vinte e cinco por cento. É esse o percentual que o governo do paupérrimo Zimbábue, sem ter feito qualquer investimento ou por merecer, quer confiscar de todas as empresas do setor de mineração que estejam instaladas no país. O governo local, desde 1980 nas mãos do ditador Robert Mugabe, publicou um esboço de lei de mineração nesta segunda-feira, no qual intenciona-se transferir a maioria das ações das empresas a cidadãos do país, além de assumir uma participação acionária de 25%.

A lei deve passar pelo parlamento e ser sancionada pelo Executivo antes do final do ano, garantindo ao país um presente de Natal sob forma de agravamento de crise, pelo visto. O Zimbábue, só para constar, tem as maiores taxas de inflação do mundo atualmente, em torno de 8.000% ao ano.

Várias multinacionais de renome estão no país a Impala, segunda maior produtora mundial de platina, é a maior presença estrangeira na mineração local, enquanto a Anglo Platinum vai em busca do mesmo metal e a Rio Tinto explora diamantes. Nenhuma delas quis comentar a nova lei, alegando ainda não terem estudado o assunto.