Relatório da UnB confirma que tremor em MG foi terremoto

O Observatório Sismológico da UnB confirmou, por meio de relatório divulgado nesta quinta-feira, que o tremor de terra registrado no dia 9 na região de Itacarambi, em Minas Gerais, e que matou uma menina de cinco anos foi, de fato, um terremoto, causado por movimentação de falha tectônica, descartando a hipótese de colapso (desabamento) de cavernas. E as réplicas pós-abalo, segundo o estudo, continuarão a ser sentidas: às 6h37 de ontem, por exemplo, o observatório registrou um abalo de 1,2 grau na escala Richter na região mineira - imperceptível para os moradores.

Ainda segundo o relatório, pressões internas acumuladas durante anos teriam movimentado uma falha na placa tectônica; visto que não houve qualquer registro de tremor na região antes de maio deste ano, é possível que a falha estivesse inativa. A experiência de observação de ciclos de tremores no mundo aponta para a possibilidade de um novo abalo ocorrer em Mato Grosso num futuro próximo. O material da UnB informa que um terremoto de 6 graus na escala Richter tem um ciclo de repetição de cerca de 50 ou 60 anos - o último que atingiu Mato Grosso, de 6,2 graus, foi observado em 1955. O observatório identifica, além de MG e MT, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e São Paulo como estados suscetíveis a terremotos.