Reino Unido próximo de abrir primeiras termelétricas de carvão em 20 anos

Depois que representantes da sociedade civil da região de Medway, na Inglaterra, decidiram não apresentar objeções formais à instalação de duas novas unidades de termelétricas de queima limpa de carvão, a substituírem duas plantas antigas situadas em Kingsnorth, o Reino Unido está bem próximo de autorizar a instalação dos novos projetos, que seriam as duas primeiras usinas do tipo em duas décadas.

Segundo Robin Cooper, um dos que aprovaram o projeto, que classificou de "um dos maiores já analisados", as novas usinas consideraram todos os impactos possíveis antes de proferir sua decisão. As termelétricas estão orçadas em US$ 2 bilhões, e vão abastecer 1,5 milhão de casas no país, além de reduzir as emissões de carbono em 2 milhões de toneladas anuais.

Para o setor de mineração, a instalação traduz uma retomada simbólica do uso de carvão mineral: antes considerado um vilão irremediável, o produto agora ressurge com uma queima mais limpa, mais eficiente e de acordo com a legislação ambiental da União Européia - provavelmente a mais severa do mundo e, em muitos casos, flagrantemente exagerada.