Presidente Lula quer reação da siderurgia brasileira

Nesta terça-feira, ao participar da assinatura do memorando de entendimento entre a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) e a empresa coreana Dongkuk Steel Mill para a construção de uma siderúrgica em Pecém (CE), conforme seu Portal do Geólogo havia anunciado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conclamou o setor siderúrgico brasileiro a reagir diante do aumento da produção de aço da China.

Para Lula, o Brasil "não pode ficar olhando a China sair de 30 milhões para 450 milhões de toneladas de aço por ano e nós, que temos grandes reservas de minério de ferro do mundo, ficarmos eternamente em 30 milhões de toneladas de aço", acrescentando que o governo não medirá esforços para que o projeto da CVRD entre em operação antes do fim de seu mandato; a planta terá capacidade inicial de produzir 2,5 milhões de toneladas anuais de placa de aço, podendo chegar a 5 milhões de toneladas por ano, e consumirá US$ 2 bilhões em investimentos.

A principal polêmica do projeto foi sua matriz energética: no final, optou-se por fazer com que ele funcione a parti de minério de ferro e carvão. O presidente da Vale, Roger Agnelli, garantiu que o projeto não prejudica o meio ambiente. Ele destacou que o carvão será usado no processo de produção, que 95% da água será reutilizada e que 99% da poeira será filtrada.