Petrobras crê que nacionalização de setores não impede investimentos na Venezuela

A notícia divulgada nesta semana de que a Venezuela pretende estatizar os setores de telecomunicações e energia do país não parece afetar a Petrobras, pelo menos da boca para fora. É o que deixou a entender o presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli, ao afirmar nesta terça-feira que a intenção da estatal de dicustir investimentos no país permanece inalterada.

Até o momento, prevêem-se mais de US$ 10 bilhões aplicados em parceria com a PDVSA, a estatal venezuelana de petróleo. Gabrielli, que não se comprometeu com um valor de investimentos a serem realizados, disse que "não há surpresa" no anúncio do governo venezuelano, que há muito tempo diz que planeja aumentar a participação do Estado nas riquezas do país. "Acreditamos que isso não altera em nada nossas discussões sobre os projetos na Venezuela (...) não há petróleo em lugar calmo no mundo. Se você for investir no Iraque, Irã, China, Líbia, Nigéria, em qualquer país do mundo tem problemas", disse.

Falando sobre a legislação venezuelana, o executivo classificou-a de "bastante clara", e ainda disse que a mesma "não oferece riscos". Como se a Bolívia, antes de confiscar o patrimônio da estatal brasileira, também não representasse...