Nesta quarta o Ministro das Minas e Energia juntamente com o Presidente da
Petrobras iniciam as negociações em solo boliviano sobre a nacionalização da
Petrobras.
O interessante é que, antes de qualquer coisa, o Ministro deverá fazer uma
parada, pasmem, na Venezuela... onde o representante do Brasil deverá pedir a
benção de Hugo Chavez: o supremo líder da crise do gás...
Que negociação será esta onde o Presidente Lula, de forma absolutamente
irresponsável, já declarou que o Brasil aceita a atitude beligerante da Bolívia
em se apossar dos bilhões de dólares investidos pela Petrobras, anunciando aos
quatro cantos que a empresa deverá absorver o custo dos aumentos. Afinal, como
justificou o Presidente, "os bolivianos "são mais pobres do nós"...
O que resta a negociar?
Os bolivianos já informaram claramente que não irão retroceder e que os
aumentos ao Brasil serão de 70%. É importante lembrar que o Brasil já pagava um
preço superior ao da Argentina e que havia investido mais de 2 bilhões de
dólares na construção do gasoduto que viabiliza o gás boliviano.
Enquanto isso o governo da Bolívia informa que os milhares de paupérrimos
brasileiros que habitam a zona de fronteira serão expulsos amanhã pelas tropas
militares: as mesmas que já tomaram as instalações da Petrobras.
E agora Sr. Presidente? Estes brasileiros, que são mais pobres do que os
bolivianos receberão a mesma "atenção e proteção" do Brasil que a Petrobras está
recebendo?