O Silas rodou! Ministro deixa a pasta das Minas e Energia

Terminou na noite desta terça-feira a gestão de Silas Rondeau como ministro brasileiro das Minas e Energia. Ele entregou sua carta de demissão ao presidente, que a aceitou, apesar de considerar que não há provas contra Rondeau. A renúncia foi aceita por Luiz Inácio Lula da Silva porque o ministro perdera as condições políticas de ficar no posto. Por enquanto, quem assume o MME é Nelson Hubner, secretário-executivo, de forma interina.

Pesa contra Silas Rondeau a suspeita de ter recebido propina da construtora Gautama, apontada como peça-chave do esquema de fraude, por meio de seu assessor Ivo Almeida Costa - teriam sido R$ 100 mil. Ele nega. Costa era assessor de Rondeau há mais de quatro anos, desde os tempos em que o ministro comandava a Eletronorte - ele também presidiu a Eletrobras. A disputa política pelo substituto de Rondeau já começou, com o PMDB do Senado, liderado por Renan Calheiros e José Sarney, clamando a "paternidade" da indicação.

Tudo indica que o novo ministro não terá vida fácil, especialmente com o Ministério do Meio Ambiente. Ontem, empresários do setor de energia se reuniam em seminário em um hotel de Brasília e, nos intervalos, faziam bolsa de apostas para o novo nome. Alguns dos citados foram José Antônio Muniz (ex-presidente da Eletronorte, ligado a Sarney), Astrogildo Quental (diretor da Eletronorte, ligado a Sarney), Maurício Tolmasquim (presidente da EPE, ligado a Dilma), Maria das Graças Foster (presidente da Petroquisa, ligada a Dilma), Valter Cardeal (presidente da Eletrobrás, ligado a Dilma) e o ministro interino Nélson Hubner, que é ligado a Dilma.