Mapa geológico aponta 881 novos pontos de exploração mineral em MT

Um levantamento geológico, cobrindo 54 mil quilômetros quadrados na área de nove municípios do noroeste do Mato Grosso, detectou nada menos que 881 pontos de afloramento mineral na região, com minérios de ouro, cobre, prata, ferro, cálcio e calcário, dentre outros. A área já recebeu mais de US$ 70 milhões em investimentos nos últimos três anos, período em que o estudo foi desenvolvido.

O Projeto Noroeste foi feito em uma escala de 1:250 mil, uma escala bem mais próxima do que os demais levantamentos geológicos do estado, disponíveis hoje em escala de 1:1 milhão. O mapa não é estático, estando disponível em formato digital. Cada ponto pesquisado dispõe de informações técnicas sobre o solo, embasadas com análises químicas e constatações feitas pelos profissionais do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) em parceria com a Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme).

O Mato Grosso é o estado onde o governo local mais investe em pesquisa: 40% do total, sendo os outros 60% bancados pelo governo federal; os levantamentos mais específicos começaram em 2004, e apontam que hoje 42% do subsolo mato-grossense está sendo estudado – um ótimo percentual, especialmente ao se lembrar que nem todos os pontos do Estado tem minerais passíveis de exploração e/ou são áreas de preservação ambiental.

“Cabe ao Estado fornecer informações seguras e confiáveis sobre os recursos disponíveis no subsolo para que as empresas de mineração possam investir. Este levantamento está mostrando o potencial de Mato Grosso”, analisa o secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Alexandre Furlan. Ele menciona projetos desenvolvidos em outras regiões do estado que surgiram de levantamentos geológicos feitos pelo poder público, como a Mineração Serra da Borda, no município de Nova Lacerda (546 km a oeste de Cuiabá), onde o investimento direto privado foi de US$ 50 milhões.