Iridium quer mineradoras e petrolíferas como clientes no Brasil

Alguém aí se lembra da Iridium, companhia de telefonia móvel via satélite que apareceu aqui no Brasil por volta de 1996? A proposta da empresa era uma rede de telefonia que tivesse sinal em qualquer lugar do mundo, baseada numa rede de 77 satélites (de onde vem o nome da empresa, já que o elemento 77 da tabela periódica é o irídio). Antes mesmo da virada do século a empresa entrou em concordata nos EUA e viu seus ambiciosos planos minguarem em todo o mundo; dos 77 satélites que seriam lançados, apenas 66 entraram no ar, o que rendeu à empresa, nos corredores da redação do Portal do Geólogo, do jocoso apelido Dysprosium, referência ao elemento químico de mesmo número.

Piadas à parte, a companhia passou por uma longa reestruturação internacional e agora tenta voltar a ganhar força no Brasil. A Tesacom, que oferece soluções satelitais em toda a América do Sul e aportou no Brasil em 2005, anunciou uma parceria para oferecer serviços de voz e dados via satélite no Brasil usando a constelação da Iridium, e conta com as empresas de energia, petróleo e mineração para conseguir expandir seus números.

Segundo Dante Quinterno, presidente da Tesacom, a empresa esperamos fechar cinco contratos com empresas dos três setores até o final do ano. Ficou interessado em ter os serviços no seu projeto de mineração? Bem, o preço ainda é um tanto caro: um kit com um terminal de voz e acessórios - como antena para carro e carregador de bateria tem preço entre US$ 5 mil e US$ 7 mil, incluindo os impostos.