Grupo Tata quer expandir presença na África do Sul

O megaconglomerado indiano Tata pode estar prestes a expandir seus tentáculos, com um interesse de minério de ferro e siderúrgicas na África do Sul, segundo a mídia indiana. Ao contrário da voracidade que tem sido habitual do gigante indiano, a investida sul-africana vem sendo estudada mais como uma oportunidade de parceria com alguma empresa já estabelecida na região do que com a aquisição de projetos ou de companhias inteiras.

Segundo um executivo da Tata Africa Holdings, que controla as atividades do grupo no continente africano, a empresa quer se estabelecer "em todas as formas de mineração", e listou, além do ferro, cromo, manganês, carvão, ouro e diamantes como produtos a serem extraídos na África do Sul. No momento, a empresa toca a construção de uma planta de processamento de ferrocromo, que demanda investimentos de cerca de US$ 110 milhões, na região de Richards Bay.

É conhecido, no mercado, o incômodo do grupo Tata com a dependência de carvão - atualmente a holding produz 70% do que consome, mas a intenção é diminuir sua dependência do fornecimento de matérias-primas por terceiros. Um passo nesse sentido foi a aquisição de 35% de um projeto da Riversdale em Moçambique, em agosto último.