Fugindo de venda, Rio Tinto anuncia mais de US$ 1 bi em investimentos

"A melhor defesa é o ataque". A máxima, por mais desgastada que esteja com o passar dos anos e seu aproveitamento em todas as situações, parece manter sua sabedoria. Assim acredita, pelo menos, a Rio Tinto, que, em meio aos boatos do mercado que indicavam que BHP Billiton e Vale fariam ofertas de compra pela empresa, anunciou nesta segunda-feira investimentos da ordem de US$ 1,1 bilhão em dois projetos.

O primeiro deles é a mina de Krestel, na Austrália, que produz carvão e receberá um aporte de US$ 991 milhões, sendo US$ 793 mi da Rio Tinto e o restante de uma subsidiária da japonesa Mitsui, sócia da BHP na empreitada.

O outro é a mina de Eagle, em Michigan (norte dos EUA). Rica em níquel e cobre, ela deve produzir 16 mil toneladas do primeiro metal por ano entre 2008 e 2016; além do cobre, espera-se platina, paládio e cobalto como subprodutos. A Rio Tinto entusiasma-se com o valor agregado que a produção do local pode atingir, e já fala em outros alvos de investimento: no mesmo comunicado onde anuncia os dois aí de cima, ainda informa que está em negociação final para desenvolver uma mina de níquel em Sulawesi, na Indonésia, com o início da produção previsto para 2015.