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Folha de São Paulo traz entrevista com chefe do Observatório Sismológico da UnB; confira trechos
Publicado em: 18/12/2007 10:55:00
Motivada pelo terremoto ocorrido em Itacarambi (MG) no último dia 9, a edição desta segunda-feira da "Folha de São Paulo" trouxe uma entrevista com o chefe do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília, o geólogo Lucas Vieira Barros, de onde surgiram vários assuntos de grande interesse para toda a comunidade da geologia e áreas relacionadas.
Barros vê o tremor, o primeiro a registrar uma vítima fatal, como um marco no Brasil, e como algo que deve ser encarado com seriedade, por causa da crença amplamente difundida de que "não há terremotos no Brasil", e que um abalo deste porte era encarado pela maior parte da população como "impossível" de se acontecer em território brasileiro, embora a UnB venha detectando sismos de menor magnitude já há um bom tempo. E afirmou que tremores de até 7 graus na escala Richter são perfeitamente possíveis de ocorrer no Brasil, "porque em outros países que têm geologia semelhante à do Brasil já ocorreram tremores de terra grandes".
O geólogo considera que o grande problema de uma região intraplacas (que não está situada sobre o encontro de duas placas, mas consolidade sobre uma única) é que os sismos são cíclicos, e que, dado o curto histórico de pesquisas geológicas e estudos conduzidos a respeito, possíveis falhas geológicas ativas ainda não foram descobertas. E lançou as perguntas: "Será que não existe em outro lugar que nós também desconhecemos? Ou será que as fontes que nós identificamos não são capazes de produzir sismos maiores?".
Outro ponto abordado por Lucas Vieira Barros é sobre a construção civil. Ele acredita que a morte da criança no terremoto de Itacarambi poderia ter sido evitada se ela estivesse em uma construção convencional, e que o adensamento populacional em áreas desse tipo não trouxe o devido preparo nas construções locais.
E suscitou a polêmica do contingenciamento de recursos para a instalação de uma rede sismográfica nacional, que operará em tempo real: "Os recursos que temos para implantar essa rede foram captados pelo próprio observatório sismológico, por meio de convênios da prestação de serviço que fazemos para as empresas de energia nacionais. Em 2005, a UnB fez um evento em Brasília com toda a comunidade sismológica nacional. Discutimos potenciais fontes sismogênicas no Brasil, com participação da Defesa Civil do Ceará, de Mato Grosso. Mas as coisas sempre morrem". Para o geólogo, as autoridades brasileiras também estão imbuídas da mentalidade de que "a terra não treme no Brasil", e afirmou que, se estivéssemos nos Estados Unidos, também não teria havido um alerta sobre o abalo de Itacarambi.
Ao final da entrevista, Lucas Vieira Barros se emocionou, ao falar que o observatório da UnB tem uma rede sismográfica com 22 estações estocadas, para substituir os instrumentos de uma rede sismográfica que tem no Parque Nacional de Brasília mas, por conta da legislação ambiental, o parque não autoriza a instalação de uma rede instalada em 1968 e já caduca. Com lágrimas nos olhos, desabafou: "É difícil trabalhar. Eu entendo que a legislação ambiental mudou no Brasil, mas para nós é muito trabalhoso escrever documento, fazer ligação, pedir às pessoas. Os parques nacionais que existem pelo mundo normalmente são ambientes favoráveis e adequados à instalação de estação sismográfica".
Autor:
Pedro Jacobi -
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