Equador cancela 587 autorizações de lavra

O governo do Equador cancelou 587 autorizações para exploração mineral no país, alegando simplesmente que as empresas "não pagaram uma taxa de proteção ambiental", nas palavras do ministro de Minas e Energia local, Galo Chiriboga, no valor de US$ 1 por hectare de terra, que era, segundo o representante do governo, para ter sido paga até o dia 31 de março do ano passado.

As 587 permissões canceladas representam cerca de 15% dos projetos em território equatoriano, e abrangiam um total de 536 mil hectares. Chiriboga se valeu do velho discurso do "preço vil" alegado por tantos outros que desapropriaram terras de mineradoras: "mesmo o Estado tendo conferido essas concessões quase de graça, e colocando uma taxa de apenas US$ 1 por hectare, não quiseram pagar", disse.

Para Cesar Espinosa, presidente da Câmara de Mineração do Equador, "a medida não tem a fundamentação legal necessária". Entre as concessões canceladas estão as de várias júniores, como as da canadense Ascendant Copper, no Equador desde 2002.