Diamantes e petróleo fazem Angola registrar superávit comercial

A mineração, seja por meio das vastas reservas de petróleo do litoral, seja pelas oportunidades em gemas em terra firme, está reconstruindo Angola, depois de mais de 25 anos de uma sangrenta guerra civil. Depois de crescer 14% no ano passado, o país agora registra saldo recorde em sua balança corrente: no final de 2005, o saldo chegou a R$ 2,40 bilhões convertidos; o mérito é, principalmente, do petróleo e dos diamantes, segundo dados do Relatório Econômico de Angola de 2005, divulgado nesta segunda-feira em Luanda pelo Centro de Estudos da Universidade Católica.

Trata-se de um salto de 62,2% em comparação ao desempenho da conta corrente da economia angolana em 2004, quando o saldo foi de R$ 1,48 bilhão; as receitas das exportações de diamantes e petróleo responderam por nada menos que 98,5% da diferença. As conclusões do estudo indicam ainda que os demais setores da atividade econômica no país ainda não possuem potencial suficiente para participarem no comércio internacional angolano, e que o petróleo foi o principal responsável pelo aumento de 56,9% no Produto Interno Bruto (PIB) per capita em 2005.