Diamantes: prefeito de Cuiabá quer que cidade tenha primeira lapidadora da América do Sul

O prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, apresentou aos vereadores da cidade um projeto que não tem precedentes no país: ele visa à criação da primeira indústria de lapidação de diamantes do país e de toda a América do Sul, a ser montada ainda em 2007. A iniciativa permitirá agregar valor aos produtos brasileiros, e tem grandes ambições: tornar a capital do Mato Grosso um pólo importante no setor de joalheria, assim como gerar emprego e renda, com a criação de 800 novos postos de trabalhos.

A iniciativa é do empresário israelense Dov Riger, da Mineração Novo Oriente, e que utilizará equipamentos de última geração. Serão investidos R$ 40 milhões, das quais R$ 38 milhões no primeiro ano e, os restantes R$ 2 milhões, no segundo ano. Riger pontuou que a intenção é permitir que as maiores joalherias brasileiras possam comprar pedras com design pronto aqui mesmo, ao invés de importar produtos com até 57% de impostos embutidos. "Teremos computadores que identificarão o teor exato e onde fazer o corte da pedra, o que transforma o processo numa verdadeira obra de arte. O mais importante é que não precisaremos sair do Estado, porque em regiões como Alto Paraguai e Diamantino existe a maior produção do país de pedras preciosas", declarou.

As obras de construção da fábrica têm expectativa de 10 meses para ficarem prontas, com funcionamento previsto para o ano que vem. A Mineração Novo Oriente é uma indústria brasileira, fundada há oito anos, que hoje tem autorização para extração do diamante em Alto Paraguai, no norte mato-grossense.