Batalha jurídica frustra leilão de áreas de petróleo da ANP

Um fiasco. Apesar de alguns bons momentos no início, a Oitava Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP) foi bastante frustrante, graças à disputa jurídica sobre eventuais limitações à arrematação de áreas. Os projetos de gás, principais focos do leilão, foram altamente prejudicados. O diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, disse que o encerramento da licitação em decorrência de decisões judiciais deixa o país mais distante de alcançar a auto-suficiência em gás e prejudica a imagem do país.

Ao todo, 58 dos 284 blocos licitados, de apenas três dos 14 setores, foram disputados até que a ANP desse a rodada como encerrada. A Petrobras levou vinte blocos. O diretor de Exploração e Produção da estatal, Guilherme Estrella, já disse que a medida não tinha "cabimento" e "que era inaceitável sob o ponto de vista empresarial". Do outro lado, a agência ressaltou que a intenção da regra era estimular a entrada de novos investidores e aumentar a concorrência no segmento de exploração e produção de petróleo no Brasil - ou seja, não era nada pessoal com a Petrobras.

Ainda não há previsão sobre quando acontecerá a nona rodada, que já vem sendo discutida.