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Pré-sal: é possível controlá-lo?



Publicado em: 20/05/2009 18:45:00

por Pedro Jacobi

 

Uma das propostas do Governo sobre o Pré-sal é de que a Petrobras deverá ser a operadora mantendo desde o total controle acionário dos campos até uma participação mínima de 30%.

Os opositores da medida afirmam que essa política deverá afugentar o capital e investidores: uma balela!

Nada afugenta o capital de um megaprojeto economicamente viável como parece ser o do Pré-sal.

Este é um argumento frágil pois os investidores vão, literalmente, aos confins do mundo em busca de petróleo e riquezas minerais. Eles estão dispostos a investir até em países que apresentam sérias ameaças a integridade física e financeira dos mesmos.

Não é a toa, que no segundo dia da guerra do Iraque, empresas de exploração de petróleo americanas e aliadas esqueceram as armas de destruição em massa e adentraram o país em busca do petróleo. 

Por petróleo se fazem guerras e derrubam-se governos. Com o passar dos anos a carência ficará muito maior e os grandes consumidores sairão enlouquecidos atrás do óleo mais fundo e mais difícil, seja lá onde ele estiver.

No entanto o que esses grandes consumidores realmente querem é o acesso ao petróleo produzido. Eles querem é poder comprar e, se possível, participar dos empreendimentos de formas a garantir o fornecimento.  O modelo de controle por intermédio das forças armadas está desacreditado e não deverá ser repetido.

A pergunta que se faz é: como iremos controlar o Pré-sal?

A resposta não está nas armas mas sim no dinheiro.

Por mais patrióticas que sejam as intensões do nosso Presidente ainda é preciso um único e importante ingrediente, que sem ele, nada conseguiremos: o dinheiro. No caso do Pré-sal estamos falando de muito, mas muito dinheiro que deverá pavimentar os investimentos dos próximos anos.

Sem ele os sonhos do controle não serão possíveis.

Os números são simplesmente mirabolantes.

Os primeiros cálculos apontam para um possível investimento de mais de 111 bilhões de dólares até o ano de 2020. Nunca o Brasil investiu tanto em um único projeto.

De onde virá esse dinheiro?

A idéia é fazer uma chamada de capital na Petrobras de formas que todos os acionistas, que não queiram ser diluídos, aportem o capital na proporcionalidade de suas ações. O Governo, que é o maior acionista deverá aportar a maior parcela. Essa decisão vai criar uma grande insatisfação entre os acionistas minoritários que, por não poderem investir, serão diluídos proporcionalmente.

Serão invocadas as leis das SA e veremos verdadeiras batalhas legais com os políticos pegando carona no circo que será criado. Possivelmente serão criadas soluções e facilidades para os minoritários poderem comparecer com o capital necessário.

Para pagar esses investimentos a Petrobras espera produzir petróleo o mais rápido possivel.

Espera-se-se que em 4 anos poderemos estar produzindo mais de 200.000 barris por dia a partir do Pré-sal.  Em apenas 11 anos (2020) espera-se produzir 1.8 milhões de barris por dia o que deverá ser superior aos investimentos totais de 111 bilhões de dólares se o preço do petróleo for superior a US$168/barril o que é muito provável.

Este modelo de chamada de capital é interessante e permitirá que o controle da Petrobras permaneça nas mãos dos acionistas brasileiros e do Governo evitando que o País saia em busca do dinheiro com "o chapéu" na mão como muitos imaginavam.

No entanto, como uma parte significativa de investidores minoritários não terá dinheiro para a compra das novas ações (muitos compraram através do FGTS) será criada a oportunidade à novos investidores, possivelmente institucionais e estrangeiros, de investir na Petrobras.

No final todos terão novas parcelas da maior empresa brasileira da atualidade.

Será, sem dúvida, um belo futuro para a Petrobras.


Autor:   Pedro Jacobi - O Portal do Geólogo

 
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