Petrobras saindo do Equador?

Fontes do governo equatoriano revelaram na sexta-feira passada que a Petrobras poderia deixar o país depois que não foi obtido um acordo para que a estatal brasileira mudasse seu contrato de exploração no país para um outro pelo qual passaria a ser prestadora de serviços. A empresa não tem grande presença por lá, mas sua resistência à assinatura de um novo contrato poderia abrir a porteira para que outras petrolíferas saíssem do Equador.

O ditador Rafael Correa disse então, no sábado, que duas companhias estavam deixando o país, mas não declinou seus nomes, enquanto uma fonte da Petrobras, não identificada, disse à "Reuters" na noite de segunda-feira que a estatal permaneceria no Equador mas não mudaria seus contratos, sem dar detalhes sobre esta possibilidade. O prazo final para as alterações contratuais se encerra hoje, terça-feira; pelos novos termos, as petrolíferas privadas seriam remuneradas pela produção, enquanto o petróleo e o gás produzidos seriam 100% de propriedade do governo.

Segundo o ditador Rafael Correa, as petrolíferas estatais equatorianas, Petroamazonas e Petroecuador, poderão tomar as operações das empresas se um acordo não for obtido.