Novo mapa lunar mantém dúvida sobre presença de água

A Agência Espacial Norte-americana (NASA) apresentou na quarta-feira o mais detalhado mapa já feito da região da cratera Shackleton, no pólo sul da Lua, conseguido pelo radar Goldstone, situado no deserto de Mojave. Entretanto, uma das maiores dúvidas dos especialistas não foi esclarecida: a presença de água nessa área, tida como uma forte candidata para um futuro pouso de astronautas ou instalação de base lunar - projetos que fazem parte da pauta da NASA.

A presença de água poderia reduzir a massa de mantimentos e de combustível que precisaria ser levada da Terra para abastecer um posto avançado - da água pode-se extrair o hidrogênio, usado como combustível dos foguetes. Na década passada, duas sondas orbitais, Clementine e Lunar Prospector, detectaram sinais que poderiam ser de água congelada na região de Shackleton. Em 2003 e, depois, em 2006, no entanto, o radiotelescópio de Arecibo, em Porto Rico, não foi capaz de confirmar a presença de massas de gelo na área; desta vez, o sinal do radar Goldstone não conseguiu penetrar fundo o suficiente na superfície lunar para eliminar a dúvida.

Mas a NASA trabalha duro para decifrar esta questão: a palavra final sobre a ausência ou presença de água será dada pela sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), a ser lançada no final do ano, fará mapas tridimensionais da superfície lunar.