Norilsk Nickel investirá US$ 20 bilhões em projetos em regiões polares

A divisão da Norilsk Nickel encarregada da mineração em áreas polares vai investir US$ 20 bilhões até 2030 para impedir uma queda na produção, disse seu diretor Evgeny Muravyov. Uma vez que o minério extraído contém teores cada vez menores do metal, a companhia precisa investir em novos projetos para evitar um decréscimo na produção; é preciso que o volume de minério cresça cerca de 3% ao ano para manter a produção de níquel estabilizada, disse Muravyov.

A divisão polar responde por cerca de 80% das receitas da Norilsk desde a privatização da empresa, em 1997, e financiou sua expansão internacional. Mais de US$ 200 bilhões de níquel, cobre, paládio e platina foram extraídos da região siberiana desde 1935, quando o trabalho lá começou, com a mão de obra de prisioneiros de Stálin; de lá saem 22% do níquel e 40% do paládio consumidos no mundo atualmente.

Os depósitos da Norilsk na região são singulares, porque o mesmo minério traz níquel, cobre, paládio e platina em condições de extração; as atividades vão a uma profundidade de até 1,3 quilômetro abaixo da superfície, e as minas têm mais de 1,2 mil quilômetros de túneis subterrâneos.