Mineradoras de ouro sonham alto com projetos no Brasil

Crise? Que crise? Apesar da queda dos preços dos metais, da redução da demanda, dos atrasos nos investimentos e de demissões, a mineração brasileira de ouro não parece se abalar: depois de ser o líder em valorização dentre os investimentos em 2008, quando registrou alta de 32,1% no mercado doméstico, o metal continua atraindo investimentos em sua exploração por essas bandas.

Exemplos não faltam: a Kinross, por exemplo, concluiu em novembro último a expansão de sua unidade em Paracatu (MG), em um plano ambicioso que consumiu US$ 550 milhões em investimentos e deve triplicar a capacidade de produção anual da planta, chegando a 17,2 toneladas anuais de ouro. A AngloGold Ashanti adquiriu, no final de 2008, a São Bento Mineração, também em Minas Gerais, que era uma subsidiária da canadense Eldorado Gold, pagando US$ 70 milhões em ações. Tudo para botar as mãos nos projetos e nas pesquisas do complexo de Lamego, em Sabará.

Há ainda a Yamana, mencionada em recente reportagem do seu Portal do Geólogo, que deve ampliar suas atividades e construir uma nova planta em Santaluz, na Bahia. São algumas das empresas que, segundo dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), devem injetar US$ 1,5 bilhão no país até 2011, quando o Brasil terá uma produção da ordem de 55 toneladas anuais.