Por Pedro Jacobi
A crise afetou drasticamente as Junior da exploração mineral. A maioria precisou buscar fundos através de private placements ou de vendas de ações que, praticamente, não ocorreram ao longo do último ano.
Com o mercado deprimido o investidor de alto risco, que compra ações destas empresas, desapareceu paralisando totalmente aquelas Juniors descapitalizadas. Foram meses de desespero e muitas simplesmente quebraram.
Por outro lado, aquelas com cash na conta bancária, ou com acionistas capitalizados e leais, que eram pouquíssimas, aproveitaram o momento para expandir os portfólios e conquistar novas áreas.
As negociações, fusões e aquisições passaram a ser a tônica dos negócios da mineração enquanto que a palavra IPO (abertura de capital em bolsa de valores) praticamente era banida das conversações.
Os novos negócios não tardaram e o pragmatimo deu lugar a criatividade.
No Brasil as empresas que souberam aproveitar o momento ou por estarem capitalizadas ou por controlarem projetos de alto valor foram as que largaram na frente. Foi o caso da Octa-Majestic, Red Dragon, Magellan e Brazauro.
A maioria dos negócios efetuados com junior companies no Brasil foram com áreas de ouro e secundariamente ferro e tungstênio.
No entanto com a subida dos preços das commodities os mercados voltaram a aquecer e as ações das juniors da mineração reagiram positivamente.
Nos gráficos abaixo observa-se que existiram duas inflexões positivas importantes que afetaram a maiora destas empresas. Uma próxima a maio de 2009 e a outra em setembro.
Esta tendência de alta vai mudar, consequentemente, mais uma vez, a forma destas empresas se capitalizarem. Veremos, já em 2010, uma retomada dos IPOs em Toronto, Sidney, Londres e Frankfurt.
O Brasil continuará, novamente, fora desta nova onda.
Perdem os bancos a bolsa e o País.
BRAZAURO 1 ano