Ditador equatoriano agora ameaça petrolífera argentina

Dias depois de expulsar do Equador a construtora brasileira Odebrecht e de ameaçar a Petrobras com confiscos “à bolivariana”, o ditador local, Rafael Correa, decidiu assustar a petrolífera hispano-argentina Repsol YPF, por ter reduzido a extração de petróleo nos campos em que opera na Amazônia equatoriana. Segundo Correa, a companhia diminuiu a produção em até 20%, a despeito de uma renegociação feita no ano passado ter proibido que a extração sofresse cortes.

O governo equatoriano tenta substituir os antigos contratos de participação com o Estado na extração de petróleo por outros de prestação de serviços, solicitação que, segundo o Executivo, tinha sido apoiada por todas as operadoras – é o mesmo pleito que tentam junto à Petrobras. Assim como na Venezuela, maior fonte de inspiração para essas ameaças, o petróleo é o principal produto de exportação do Equador, que extrai 500 mil barris diários de petróleo, 60% deles pertencente à estatal Petroecuador, enquanto o resto é repartido entre as várias companhias estrangeiras.