Corte canadense impede pesquisa geológica em região esquimó

Cinco vilarejos Inuit obtiveram na justiça uma ordem para impedir um barco quebra-gelo de realizar testes sísmicos em uma região subaquática que, além de uma rica fauna marinha, pode abrigar petróleo, gás e minerais. Afirmando que as pesquisas arruinariam o meio-ambiente local, a Qikiqtani Inuit Association, de Nunavut (Canadá), pediu a uma corte local que barrasse os estudos. A decisão vem em um momento em que o Canadá, o Alasca e outras regiões do Ártico decidem se permitem ou não o desenvolvimento de projetos de hidrocarbonetos nas águas do oceano, cobertas por gelo na maior parte do ano.

O recente vazamento de óleo de uma plataforma da BP no Golfo do México também parece estar vívido na memória dos Inuits, aumentando suas preocupações sobre atividades minerais – mesmo as não-prospectivas. A organização alemã que conduz a expedição, o Instituto Alfred Wegener, disse que seu estudo quer entender a geologia e a história do oceano Ártico, e que seu quebra-gelo utilizaria o melhor equipamento disponível para testes sísmicos, tomando as precauções para que o trabalho não afete a vida marinha. Ademais, o instituto informa que os testes não são do tipo que identificariam alvos de petróleo e gás.