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São Paulo: a incompetência e o abandono por trás da falta d´água
Publicado em: 04/12/2014 21:13:00
Como explicar que no Brasil, um dos países mais ricos em água do mundo, uma população de dezenas de milhões, fique sem o precioso bem na primeira seca mais prolongada?
-Será que a culpa é do Aquecimento Global?
-Do desmatamento da floresta Amazônica?
-Ou da sucessão de governos incompetentes que por décadas não investiram em armazenamento, tratamento e distribuição da água à população?
-Ou da população que convive há décadas com a poluição de seus rios e barragens e que continua, ainda hoje, lançando os seus dejetos, sem constrangimento, nos rios e lagos?
Em 1960 o Governo de São Paulo, preocupado com o crescimento populacional, que atingia 4,8 milhões de habitantes na capital e cidades vizinhas, planejou a implantação do Sistema Cantareira cuja construção começou 6 anos depois.
O Sistema Cantareira, um dos maiores do mundo, corresponde a seis reservatórios de água com uma capacidade total de 990 milhões de metros cúbicos. O Cantareira é constituído pelos reservatórios: Jaguari, Jacareí, Cachoeira, Atibainha, Águas Claras e Paiva Castro, interligados por tuneis e canais.
Desde 1960 até hoje o Brasil viu o crescimento explosivo de S. Paulo, cuja população mais que dobrou desde o início do Cantareira.
O que foi feito nestes 54 anos para amenizar o crescente problema da armazenagem e distribuição de água em S. Paulo?
Quase nada! O sistema hoje atende 9 milhões de pessoas, menos do que a metade da população metropolitana.
Em 2014, quando enfrentamos um prolongado período de secas, o Cantareira, da forma como estruturado, não foi suficiente para suprir a demanda de água da população que hoje é considerada criminosa se utilizar mais água do que o Governo determina.
Quem lê as notícias da crise hídrica de S. Paulo acha que a cidade e região estão no meio de um deserto sem uma gota d´água.
Nada disso!
São Paulo está cercado por mais de 17 represas e rios que pouco contribuem para o consumo de água de sua população.
Como esquecer o Rio Tietê, que atravessa o coração de S. Paulo com sua água totalmente poluída por séculos de descaso e abandono? Muito se prometeu e nada se fez. E o cidadão continua vendo e cheirando um dos maiores desastres ambientais do Brasil sem se rebelar.
Se o Tietê não fosse um terrível esgoto a céu aberto, que os Romanos provavelmente chamariam de Cloaca Máxima Paulistana, ele hoje poderia ser a salvação da cidade.
Outras represas como a Billings, de 995 milhões de metros cúbicos, uma capacidade muito superior a todo o Sistema Cantareira foi idealizada em 1930. Infelizmente a água da Billings só pode ser utilizada parcialmente, pois tem áreas intensamente poluídas por esgotos domésticos, uma clara falta de planejamento e de investimentos.
A represa de Guarapiranga, fundada em 1908, com 272 milhões de metros cúbicos é outra que recebe esgotos não tratados que comprometem o uso da água para abastecimento humano.
Barragens associadas ao poluidíssimo Rio Tietê como Rasgão, Pirapora do Bom Jesus e Edgard de Souza servem apenas para a geração de energia já que uma sucessão de governos incompetentes e uma população desinteressada pouco fizeram para evitar a morte do Rio Tietê.
Hoje colhem os dejetos de anos de total abandono e poluição.
Mesmo sendo conivente, já que elegeu e reelegeu, ao longo de décadas, governos que nada ou pouco fizeram para melhorar a qualidade, armazenagem, distribuição e tratamento da água, o povo da Grande São Paulo não é o único culpado.
Colocar a culpa no desmatamento da Floresta Amazônica é mais uma forma de lavar as mãos de todos esses crimes ambientais que S. Paulo, seu governo e boa parte de sua população vem fazendo nestas muitas décadas de descaso.
As chuvas que hoje inundam S. Paulo não são provenientes da Amazônia como alguns dizem. A imagem abaixo mostra a direção dos ventos e as principais chuvas que afetam a região enquanto o texto é digitado. A umidade que está causando essas chuvas vem toda do Atlântico e não da Amazônia.
Por mais que nós Brasileiros discordemos sobre as responsabilidades não há como negar.
Somos nós que elegemos esses governos que nada fizeram e somos, nós, mais uma vez, que fechamos os olhos para a poluição sistêmica dos rios e barragens, não só de S. Paulo.
Plantamos e estamos colhendo...
A crise hídrica um dia vai acabar, mas os nossos hábitos medievais e péssimas escolhas possivelmente não.
Até quando? Será que não temos nada a aprender?
Autor:
Pedro Jacobi -
O Portal
do Geólogo
Caro
usuário do Portal do Geólogo
Se você gosta de descobertas
arqueológicas inéditas no meio da Amazônia vai gostar do livro
que estou lançando. É um não ficção sobre uma pesquisa real que
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Com o avanço do desmatamento e com o
auxílio da filtragem digital em imagens de satélites, descobri
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meio da Amazônia — totalmente inéditas.
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complexas e avançadas — as maiores obras de aquicultura da
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Neste livro
você se surpreenderá com essas construções monumentais,
grandiosas e únicas, feitas por aqueles que foram os primeiros
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Trata-se de importante descoberta
arqueológica que vai valorizar um povo sem nome e sem história.
Um povo relegado a um plano inferior e menosprezado pela maioria
dos cientistas e pesquisadores.
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etnia, de onde veio, quanto tempo habitou o Brasil e que língua
falava são pontos a debater.
No entanto o seu legado mostra que
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Foram eles que realmente descobriram
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