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Tapajós. Uma província aurífera em abandono até quando?Publicado em: 10/04/2013 16:42:00
Há pouco tempo atrás o
Tapajós era o maior centro da pesquisa para ouro e metais associados do Brasil.
A Região atraía inúmeras empresas como as gigantes Vale, Rio Tinto e Codelco as
tradicionais mineradoras de ouro como a Eldorado, Barrick e Kinross e dezenas de
junior companies como a Octa Mineração, Brazauro, Brazilian Gold, Majestic,
Placer Dome e
Magellan. A região prosperou e os vários milhões de dólares investidos renderam
a descoberta de vários depósitos de ouro primário cujas reservas superam em
muito as 10 milhões de onças de ouro ou o valor bruto acima de 30 bilhões de
Reais. As principais descobertas foram: Com excessão da mina do Palito todas as descobertas do Tapajós descritas
acima ainda estão em fase de pesquisa e desenvolvimento. Existem, portanto,
bilhões de Reais a serem injetados na economia da região nos próximos anos. Infelizmente essa situação
mudou. A conjunção do péssimo desempenho dos preços do ouro nestes últimos
meses, a crise mundial que afeta os investimentos em empresas junior desde 2008
e as más notícias vindas do DNPM e das incertezas relacionadas ao Marco
Regulatório da Mineração acabou por paralisar quase que completamente a
exploração mineral na maior província aurífera do Brasil. Os hoteis de Itaituba,
outrora cheios de Geólogos, garimpeiros, homens de negócio e mineradores já não apresentam os
mesmos índices de ocupação e precisam de reformas urgentes. O dinheiro anda
escasso, os negócios diminuíram, os voos de aeronaves pequenas, uma das
principais características da região, são raros e, sempre que possível,
substituídos por fretes terrestres. A produção do ouro caiu e
até mesmo as casas de prostituição dos garimpos, um dos sinais aparentes da
riqueza do Tapajós, estão ameaçadas do desaparecimento. Nos anos áureos as
prostitutas vinham dos grandes centros e recebiam seus pagamentos em ouro
fazendo, muitas vezes, verdadeiras fortunas assim como alguns garimpeiros,
pilotos e donos de pista.
Aos poucos a crise vai
obliterando esse passado e as histórias vão ficando cada vez mais no imaginário e
menos no presente. As centenas de pistas de pouso foram engolidas pela selva e
as poucas que restaram estão em adiantado estado de abandono, precisando
urgentemente de reparos. Os garimpos, em sua maioria abandonados, hoje estão repletos de
cachorros, ferro-velho e prostitutas que não conseguiram ainda pagar o voo para
a civilização.
Qualquer que seja a história dos próximos meses ou até
anos, o Tapajós vai atrair, novamente, dezenas de empresas de mineração e as
novas descobertas serão propagadas fomentando mais um ciclo de ouro na região. Prepare-se! Autor: Pedro Jacobi - O Portal do Geólogo
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