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OGX: afunda e lança dúvidas sobre a qualidade da certificação das reservas de petróleo usada no BrasilPublicado em: 31/10/2013 16:07:00
De quem é a culpa? Eike culpa aos seus executivos, técnicos e auditores pelo
erro. Nós ainda não sabemos as reais causas do desastre da OGX, mas sabemos como
ele poderia ter sido evitado. Com essa desinformação a OGX deixa um legado aos investidores brasileiros. O
sistema de certificação e de auditoria das empresas listadas na Bovespa é falho
e permitiu que a OGX tivesse informado aos investidores sobre reservas que nunca
existiram. As responsabilidades ainda deverão ser apuradas e ainda não sabemos
se isso é fruto de fraude ou de incompetência. O fato mostra, sem sombra de
dúvidas, que a Bovespa e o sistema de auditoria que deveria certificar essas
reservas e informações lançadas ao público, é falho e deve ser totalmente
modificado. A culpa não cabe exclusivamente ao Eike e à OGX, mas também à
Bovespa e as empresas de auditoria externa que engoliram esse sapo e causaram
esses bilhões de prejuízos. Esses erros já ocorreram em outros países como o Canadá e acabaram por
fortalecer a bolsa e o processo de certificação. Mas, aqui, a nossa Bovespa
parece não ter aprendido nada demonstrando não ser capaz de perceber as
inverdades contidas nas informações lançadas ao mercado pela OGX, o que causou a
tragédia que hoje vivenciamos. O Brasil precisa evoluir muito neste aspecto seguindo os passos do Canadá e
da Austrália onde as bolsas usam os protocolos NI43-101 e Jorc. Se nós
tivéssemos esses protocolos em vigor, juntamente com auditorias externas
eficientes, a vaporização da OGX não teria ocorrido. No nosso entender esse desastre acende uma luz vermelha sempre que o assunto
é petróleo e suas reservas. A mesma falta de precisão pode estar ocorrendo hoje
com outras empresas de petróleo que podem estar usando o mesmo sistema pouco
exigente e cheio de furos para informar ao mercado sobre suas reservas. Será que a Petrobras tem as reservas que diz ter? Qual o grau de confiança dos dados publicados pela Petrobras sobre o Pré-Sal?
Até que ponto esses números estão sendo auditados por grupos isentos e
capacitados para tal ? No caso do Pré-Sal essa resposta é importantíssima para a sociedade como um
todo. Hoje vivemos um momento em que o Prá-Sal é considerado uma realidade e que
tem em torno de 80 bilhões de barris de petróleo já mensurados. Será que esses
números foram adequadamente auditados por auditoria externa especializada?
Ou teremos no Pré-Sal uma mega-catástrofe tipo OGX? Esta pergunta deve ser respondida sem nacionalismo, com muita cautela e precisão
pelo Governo Brasileiro e pela Petrobras. A sociedade quer saber quais são os
procedimentos usados pela empresa para certificar as suas reservas e se esses
cálculos e procedimentos passam no crivo de uma auditoria externa de alto nível
com um padrão internacional exigido pelas grandes bolsas mundiais. Autor: Pedro Jacobi - O Portal do Geólogo
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