A empresa canadense Nautilus Minerals é a líder em exploração mineral em grandes
profundidades. A Nautilus deverá colocar a sua primeira mina, a Solwara 1, em
produção ainda em 2015. Solwara 1 será uma mina de ouro com subprodutos de
cobre, zinco e prata, localizada no Oceano Pacífico próximo a Nova Guiné. O que
torna Solwara 1 diferente das demais minas é que o ouro estará sendo lavrado em
profundidades de 1.600m. Os teores de cobre e ouro, segundo a Nautilus Minerals, (veja abaixo)
são muito elevados e isso está atraindo a atenção de vários países como a China,
Rússia, Japão, França e Índia e mineradoras que estão apenas aguardando os resultados da Nautilus para iniciar as pesquisas e lavras.
A mina de Solwara 1 é decorrente da lixiviação do ouro e metais básicos por
células de convecção das rochas adjacentes aos vents hidrotermais de um vulcão
submarino. A medida que as águas, transportadas pelas correntes vão ficando
saturadas em metais essa pluma metalífera é precipitada, em ambientes mais
calmos, vindo a se depositar no fundo marinho a 1.600 metros de profundidade
como uma lama metalífera que forma um clássico sulfeto maciço pouco consolidado.
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A lavra consiste em sucção da lama
metalífera depositada no fundo do mar |
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Os recursos estimados em Solwara 1 são:
- 1Mt @ 7,2%Cu e 5,0g/t Au indicados e 1,54Mt @ 8,1%Cu e 6,4g/t Au
inferidos
As espessuras variam de zero a 18m de sulfeto maciço de alto teor.
A Nautilus está tomando uma série de providências para causar o menor impacto
possível na vida próxima ao hot spot. Na área não existem corais e os animais já
estão acostumados com as elevadas concentrações metalíferas.
Além dos problemas técnicos a lavra submarina implica em uma nova legislação
mineral internacional que ainda está sendo definida.
No momento a Nautilus espera que o Governo de Papua Nova Guiné se pronuncie
sobre o pagamento de seus 30%. O pagamento inicial deveria ter sido feito na
semana passada.
Fotos : Nautilus Minerals