24/11/2024 14:02:54
Mineração brasileira se desintegra à espera da retirada de urgência constitucional
Publicado em: 30/07/2013 21:52:00
Por
Pedro Jacobi
Ver LinkedIn
Apesar dos esforços de vários Deputados a Presidenta ainda não aprovou a
retirada da urgência constitucional solicitada.
Em outras palavras tudo continua como antes em um Brasil mineral sem rumos,
empregos e sem perspectivas. O Ministro Lobão, que vem prometendo a mesma coisa
incessantemente, repete como um disco quebrado que o PL 5.807 vai ser votado até
o final do ano com ou sem urgência.
Lobão parece não estar interessado em fazer um código que adicione valor à pequena mineração, criando empregos, distribuindo rendas e riquezas
através de novas descobertas minerais. Um código que represente todos os
mineradores e não apenas as grandes empresas de mineração como
pode ser entendido de sua entrevista ao Estadão. Nos parece que o Ministro quer é aprovar o texto sem
discussões.
Talvez por que não se interesse pelas pequenas mineradoras a quem, ontem, chamou de
aventureiros e especuladores ou por estar insensível aos milhares de
trabalhadores e profissionais que perderam o emprego e até mesmo a sua empresa
pelos atrasos nas concessões minerais desde 2011, talvez por isso os esforços do
Ministro sejam no sentido de aprovar o mais rápido possível, sem debater e sem
ouvir. Afinal como ele mesmo disse em entrevista o texto foi aprovado pelas
grandes e médias só “os aventureiros não gostaram”.
A
fala do Ministro enfureceu os mineradores que investem enormes quantias no
Brasil empregando milhares de funcionários e descobrindo inúmeros jazimentos
minerais extremamente valiosos. A lista das descobertas minerais relevantes é
simplesmente enorme e o valor atinge as centenas de bilhões. Tudo isso sem que o
Governo ou os bancos governamentais investissem um centavo. Essas quantias foram
todas investidas pelos "aventureiros e especuladores" que o Sr. Ministro tanto
abomina.
Veja o desabafo de um desses mineradores ao Portal do Geólogo, que nesta
década vem investindo, empregando e descobrindo jazimentos de ouro na Província
do Tapajós:
O desabafo do minerador:
Senhores, eu me sinto ofendido pela afirmação do ministro.
Nos últimos 10 anos, nós os “aventureiros” e “especuladores”, somente na área
de ouro, mudamos o patamar dos seguintes depósitos:
• Tocantinzinho (Tapajós-PA): Zero toneladas para 80 toneladas de ouro contido.
• São Jorge (Tapajós-PA): Zero toneladas para 54 toneladas de ouro contido.
• Cuiu-Cuiu (Tapajós-PA): Zero toneladas para 40 toneladas de ouro contido.
• Coringa (Tapajós-PA): Zero toneladas para 28 toneladas de ouro contido.
• Palito (Tapajós-PA): Zero toneladas para 21 toneladas de ouro contido.
• Ouro Roxo (Tapajós-PA): Zero toneladas para 20 toneladas de ouro contido.
• Boa Vista (Tapajós-PA): Zero toneladas para 10 toneladas de ouro contido.
• Volta Grande (Xingu-PA): 43 toneladas para 224 toneladas de ouro contido.
• Borborema (RN): Zero toneladas para 75 toneladas de ouro contido.
• Mara Rosa (GO): Zero toneladas para 41 toneladas de ouro contido.
• Lavras do Sul (RS): Zero toneladas para 16 toneladas de ouro contido.
Ou seja, falando apenas de ouro e das pequenas empresas,
tocadas por nós, aventureiros e especuladores, o total de recursos nos depósitos
acima (que exceto Volta Grande, eram meras ocorrências), passou de 43 toneladas
para 609 toneladas de ouro contido!!! Um incremento de 1.316% em 10 anos
apenas! A um custo médio de US$ 25 para cada onça de ouro descoberta,
temos que um total de pelo menos 490 milhões de dólares (1,1 bilhão de reais)
foram investidos nos últimos 10 anos nos prospectos acima.
O minerador em questão estava tão enfurecido que esqueceu de adicionar à
lista vários outros jazimentos de ouro no Norte, Centro-Oeste, Nordeste, Centro
e Sudeste do Brasil. A lista é bem maior do que ele colocou acima.
Ele também não falou que esses jazimentos de ouro descobertos pelos
“aventureiros” e “especuladores” irão produzir o equivalente a 62
bilhões de Reais em vendas diretas.
Imagine só o impacto direto e indireto na economia e nos empregos...nada mal
para um grupo de aventureiros.
Autor:
Pedro Jacobi -
O Portal
do Geólogo
Caro
usuário do Portal do Geólogo
Se você gosta de descobertas
arqueológicas inéditas no meio da Amazônia vai gostar do livro
que estou lançando. É um não ficção sobre uma pesquisa real que
estou fazendo.
Com o avanço do desmatamento e com o
auxílio da filtragem digital em imagens de satélites, descobri
nada menos do que 1.200 belíssimas construções milenares, no
meio da Amazônia — totalmente inéditas.
São obras
pré-históricas, algumas datadas em 6.000 anos, incrivelmente
complexas e avançadas — as maiores obras de aquicultura da
pré-história que a humanidade já viu.
Neste livro
você se surpreenderá com essas construções monumentais,
grandiosas e únicas, feitas por aqueles que foram os primeiros
arquitetos e engenheiros do Brasil.
Trata-se de importante descoberta
arqueológica que vai valorizar um povo sem nome e sem história.
Um povo relegado a um plano inferior e menosprezado pela maioria
dos cientistas e pesquisadores.
Dele quase nada sabemos. Qual é a sua
etnia, de onde veio, quanto tempo habitou o Brasil e que língua
falava são pontos a debater.
No entanto o seu legado mostra que
ele era: muito mais inteligente, complexo e tecnológico que
jamais poderíamos imaginar.
Foram eles que realmente descobriram
e colonizaram a Amazônia e uma boa parte do Brasil.
E,
misteriosamente, depois de uma vida autossustentável com
milhares de anos de uma história cheia de realizações eles
simplesmente desapareceram — sem deixar rastros.
Para onde foram?
Compre agora!
O livro, um eBook, só está à venda na Amazon. Aproveite
o preço promocional!
|
geologia minex polemicos geojr 796
Só para você: veja as matérias que selecionamos sobre o assunto: |
2013, um ano para ser esquecido
30/12
Novas regras para Terras-Raras aprovadas pelo Senado, mas CNEN ainda tem o monopólio
10/12
O Brasil vai virar um grande garimpo?
10/12
A mineração está chegando na Lua?
8/12
O que o Brasil tem a aprender com a Mongólia
5/12
Adiada votação de hoje das propostas ao Marco Regulatório da Mineração. MRM só será votado em 2014
4/12
Ministra Gleisi: “O direito de prioridade é ruim”
2/12
Parece que agora sai: Código de Mineração deve ser votado no dia 10
28/11
A influência das junior companies na exploração mineral e na economia de um país
26/11
Governo reconhece ser difícil votar o Novo Marco Regulatório da Mineração em 2013
26/11
MRN: sai o substitutivo – volta o direito de prioridade
11/11
Empresas junior canadenses resistem e surpreendem analistas
5/11
O Brasil e outros países do terceiro mundo planejam aumentar os impostos sobre
a produção mineral: mineradores começam a abandonar os seus projetos buscando novos mercados para investir
29/10
Como a cegueira política pode inviabilizar as nossas riquezas
27/10
|
|