A gigante Anglo American é uma das maiores mineradoras do mundo e o maior
grupo econômico da África do Sul.
No entanto, hoje, apenas 37% dos seus ativos ainda estão em solo Sul Africano.
Esses ativos correspondem a 50% dos seus lucros globais.
Infelizmente para os acionistas da Anglo as tensões políticas na África do
Sul penalizam sobremaneira as ações do Grupo que são negociadas a desconto.
Analistas do HSBC já sugerem que a Anglo venda suas minas de platina (Amplats)
em um processo que pode terminar com a saída definitiva da Anglo da África do
Sul.
Essa ideia captura adeptos e o Merrill Lynch já preconiza que a Anglo seja
dividida em duas entidades sendo uma Sul Africana e a outra não.
Com certeza os Sul Africanos farão uma verdadeira guerra contra essa tendência
tentando evitar de todas as formas que o país venha a perder a sua maior
mineradora, dona da De Beers, Kumba, Amplats e Anglogold Ashanti, entre outras.
Uma das maiores preocupações da Anglo é o Projeto Minas-Rio no Brasil.
Desde o início o CAPEX do Minas-Rio, um dos projetos de minério de ferro mais
caros do mundo, já se multiplicou por 5. Agora são 8 bilhões de dólares a
serem investidos em um projeto cujo produto poderá chegar ao porto acima dos
preços de mercado...
Os custos do projeto são tão sensíveis que a Anglo não poderá errar em
absolutamente nenhuma premissa sob pena de tornar Minas-Rio no maior loser da
sua história.
Possivelmente a solução seja fatiar e vender o Minas-Rio aos pedaços. Mesmo
assim muitos consideram que é mais fácil arrumar a casa no Minas-Rio do que na
Angloplats...
Seguindo essa mesma estratégia de stop loss ela vendeu recentemente os seus jazimentos de minério de ferro do Amapá, comprados de Eike Batista juntamente com o Minas-Rio,, ao investidor indiano Pramod Agarwal.
As coisas estão muito sérias no headquarter da Anglo.