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Gusa-níquel:  uma solução economicamente viável para os depósitos de níquel laterítico



Publicado em: 12/09/2013 12:09:00

Por Pedro Jacobi
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Em 2011, quando negociando com chineses, fiquei sabendo uma coisa incrível. Esta  empresa chinesa que estava interessada nas nossas áreas, estava transportando,  por balsas, o minério de níquel laterítico de 1,5%Ni, sem concentração, da  Indonésia para a China. Eu, obviamente, fiquei muito surpreso, pois um dos  paradigmas fixos nas mentes dos geólogos ocidentais é que o minério laterítico,  por ter baixa densidade e baixo custo por tonelada, não aguenta transporte. 
Ao inquirir os chineses sobre a receita desta  “mágica”  eles simplesmente  disseram: gusa-níquel...
Os chineses estavam transportando um minério de níquel que tinha uns 30% de  ferro. Aí estava a solução: o minério era processado na China em uma planta de  gusa-níquel que recuperava o ferro e o níquel. Portanto somente o ferro pagava  toda a operação e o transporte e o níquel era o lucro da operação. Excelente,  criativo e inteligente. 
  As coisas evoluíram e hoje, existem várias firmas chinesas replicando  essa receita. As plantas de gusa-níquel proliferam na China, que já é a maior  produtora de gusa-níquel do mundo. O gusa-níquel é uma das principais matérias  primas das plantas de aço inoxidável da China e, possivelmente, o que faz essas  plantas serem econômicas. A produção chinesa de gusa-níquel, em 2013 será acima  de 400.000t. 
 Ocorre que a Indonésia está querendo colocar água na fervura e banir as  exportações de minério laterítico, o que pouco agrega ao país. A mensagem foi  passada e os chineses começam a implantar as primeiras plantas de gusa-níquel na  Indonésia. 
E no Brasil? Esta seria uma solução inteligente para os nossos vários depósitos  de níquel laterítico que temos no Goiás, Pará, Piauí, Tocantins...



Autor:   Pedro Jacobi - O Portal do Geólogo

 
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