O Portal do Geólogo
21/11/2024 09:12:58

Estamos preparados para uma supertempestade espacial?



Publicado em: 10/02/2013 18:20:00

 

Em 1859 ocorreu a maior tempestade geomagnética solar que a humanidade tem  lembrança.

Essa supertempestade foi denominada de Evento Carrington e foi causada por  uma grande ejeção de massa coronal solar. O fenômeno criou um vento solar de  grande potência que atingiu a Terra em pouco mais de 17 horas. O evento ocorreu  em primeiro de setembro de 1859, logo após o surgimento de várias manchas e  explosões solares observadas pelos telescópios dos astrônomos Hodgson e  Carrington.

O evento foi sentido na Terra, principalmente através das espetaculares  auroras boreais que, normalmente restritas ao círculo Ártico, foram vistas ao  redor do mundo até o Caribe em latitudes próximas ao Equador.

O brilho da aurora boreal nas montanhas rochosas foi tão intenso que acordou  mineradores de ouro que pensaram estar amanhecendo. Pessoas acordadas no  nordeste americano podiam ler um jornal em plena noite. A tempestade  geomagnética foi tão extraordinária que os postes do telégrafo emitiam faíscas  elétricas, o papel do telégrafo pegava fogo e a platina dos contatos quase  fundiam tamanha a carga da eletricidade estática. Os sistemas do telégrafo,  mesmo após terem sido desligados continuavam enviando e recebendo sinais. Isso  foi constatado por operadores do Maine que enviaram e receberam mensagens sem  uso de baterias usando a corrente e o magnetismo que impregnava o ar. As luzes  do céu estavam mais brilhantes do que a própria Lua e a Terra estava sendo  bombardeada pela maior tempestade solar que se tem lembrança.

Estudos em testemunhos de sondagem do gelo ártico mostram que o Evento  Carrington foi o maior dos últimos 500 anos.

Imagine o que aconteceria se a Terra fosse, novamente, bombardeada por uma  supertempestade solar como esta?

Em um mundo cibernético, controlado por computadores onde fios se espalham por centenas de milhões de  quilômetros em intrincadas tecnologias e aparelhos, onde todo o sistema de  comunicação, internet, telefonia, localização etc... depende da comunicação com  satélites, torres, fios...

sol  

Imagine agora a enorme energia que seria induzida e carregada em um sistema  como o nosso. O colapso será quase imediato. Os desastres relacionados a enorme sobrecarga energética serão inúmeros  e as economias seriamente atingidas irão enfrentar um tempo de recuperação possivelmente longo.

Os prejuízos se multiplicarão no hemisfério Norte para onde os ventos  solares serão focalizados pelo campo magnético terrestre.

O que está sendo feito para nos proteger de um evento como o Carrington?  Muito pouco. A nossa tecnologia eletrônica evoluiu rapidamente sem,  praticamente, nunca levar em considerção um desastre relacionado ao clima  espacial. Uma supertempestade solar será, portanto arrasadora.

Poucos países já dispõem de uma legislação e planos de contingência para  enfrentar a tempestade que, com certeza, deverá chegar, mais dia menos dia.

Na Inglaterra somente agora a Academia Real de Engenharia,  está criando  um plano estratégico para melhor preparar o Reino Unido contra uma  supertempestade solar.

Os ingleses querem que os sistemas globais de posicionamento (GPS), as redes  elétricas tenham uma certa imunidade aos efeitos devastadores do clima espacial.  Obter sucesso nestas áreas será um feito extraordinário com pequena chance de  sucesso.

Os EUA já estão bastante na frente e procuram criar tecnologias que possam  proteger as comunicações, GPS, computadores e toda a parafernália eletrônica que  pode simplesmente parar de funcionar se um Carrington Event venha a ocorrer  novamente.

Infelizmente o Homem construiu uma civilização calcada na revolução dos  computadores e da comunicação, exatamente os componentes que serão mais  atingidos em um novo Carrington Event.  Isso nos deixa muito desprotegidos  e uma outra supertempestade será arrebatadora. Os prejuízos serão medidos em  trilhões de dólares e o tempo de recuperação poderá ser muito longo.


Autor:   Pedro Jacobi - O Portal do Geólogo

 
12.000 ANOS DE ABANDONO  um livro de Pedro Jacobi

Caro usuário do Portal do Geólogo
Se você gosta de descobertas arqueológicas inéditas no meio da Amazônia vai gostar do livro que estou lançando. É um não ficção sobre uma pesquisa real que estou fazendo.

Com o avanço do desmatamento e com o auxílio da filtragem digital em imagens de satélites, descobri nada menos do que 1.200 belíssimas construções milenares, no meio da Amazônia — totalmente inéditas.

São obras pré-históricas, algumas datadas em 6.000 anos, incrivelmente complexas e avançadas — as maiores obras de aquicultura da pré-história que a humanidade já viu.
Neste livro você se surpreenderá com essas construções monumentais, grandiosas e únicas, feitas por aqueles que foram os primeiros arquitetos e engenheiros do Brasil.
Trata-se de importante descoberta arqueológica que vai valorizar um povo sem nome e sem história. Um povo relegado a um plano inferior e menosprezado pela maioria dos cientistas e pesquisadores.

Dele quase nada sabemos. Qual é a sua etnia, de onde veio, quanto tempo habitou o Brasil e que língua falava são pontos a debater.
No entanto o seu legado mostra que ele era: muito mais inteligente, complexo e tecnológico que jamais poderíamos imaginar.
Foram eles que realmente descobriram e colonizaram a Amazônia e uma boa parte do Brasil.
E, misteriosamente, depois de uma vida autossustentável com milhares de anos de uma história cheia de realizações eles simplesmente desapareceram — sem deixar rastros.
Para onde foram?

Compre agora!
O livro, um eBook, só está à venda na Amazon. Aproveite o preço promocional!

  

 


geologia polemicos vocesabia    1347

Só para você: veja as matérias que selecionamos sobre o assunto:

  2013, um ano para ser esquecido 30/12

A primeira datação de rocha feita em Marte 29/12

Fracking revolucionando (também) a produção de óleo dos Estados Unidos 26/12

As minas que você não vai querer trabalhar 23/12

Nem só de PIB viverá a China: prepare-se para uma macromudança 22/12

BP entrando no gás dos folhelhos da China 21/12

Diamantes: De Beers revitaliza Venetia 19/12

Portaria 519: DNPM aperta o cerco aos especuladores 17/12

Mais um vazamento de urânio em Caetité: o processo é seguro? 16/12

Vale vai financiar ferrovia entre Carajás e Serra Sul por debêntures 16/12

Chineses pousam na Lua em busca de minérios. Americanos não irão cooperar 15/12

Sonda chinesa pousa e tira as primeiras fotos da superfície lunar 14/12

 Brasil: pesquisar ou mudar? 13/12

Repensando a Geologia: Centro de Relacionamento Empresa-Universidade 12/12


O Portal do Geólogo

Geologia e Mineração contadas por quem entende

Desde 27/3/2003
As mais lidas
1 : Dele2maio2018 ...
2 : dele 4nov ...
3 : deletados abaixo100 28fev19 ...
4 : index ...
5 : MINEX ...
6 : Pesq-reconhecermeteorito ...
7 : aguahisteria ...
8 : deslizamentos ...
9 : aquecimento ou resfriamento ...
10 : halldafama ...
Raridade - Calcita Ótica âmbar
Raridade à venda: calcita ótica âmbar

Não entendeu a palavra?

Pesquise o termo técnico!




Pesquise no universo do Portal do Geólogo!

Digite uma palavra na caixa abaixo e estará pesquisando centenas de milhares de matérias armazenadas no nosso site.

 

 

palavra com mais de 2 letras
O Portal do Geólogo    Editor: Geólogo Pedro Jacobi