África do Sul: hora de reinventar

Em períodos de crise contínua só sobrevivem aquelas empresas de mineração que tem grande competência ou um jazimento extraordinário, de alto teor ou uma operação de baixo custo ou tudo isso junto. É nesse momento que surgem os grandes CEOs, os dirigentes que irão liderar e conduzir as suas empresas à um porto seguro. É o caso de Mark Cutifani, o CEO da Anglo American, que prega uma verdadeira revolução na mineração Sul Africana que está regredindo nos últimos 7 anos. A falta de inovação na indústria mineira Sul Africana é considerada por muitos um processo quase irreversível que Cutifani, baseado confortavelmente em Londres, quer solucionar.  
Se Cutifani conseguir tirar esse coelho da cartola será um dos grandes feitos da mineração moderna pois a África do Sul , apesar de ter uma geologia extraordinária, tem, também, enormes problemas sociais e ranços  raciais que afetam diretamente as relações entre empregados e empregadores, causando infindáveis greves e manifestações que colocam de joelho até as grandes instituições como a Anglo American. Do outro lado, para piorar mais ainda a situação, a grande maioria das minas operam com equipamentos velhos e, muitas vezes obsoletos. 
Se o país , cuja economia depende da mineração, não se reinventar veremos a implosão econômica da África, que poderá contaminar o continente levando as economias africanas à uma crise de proporções assustadoras.