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![]() A guerra do minério de ferro está começando: quem serão os ganhadores e os perdedores?Publicado em: 20/06/2013 15:07:00
Esta tabela acima mostra que os três grandes mineradores de ferro, Vale, BHP e
Rio Tinto, juntamente com outros produtores brasileiros e africanos conseguem
colocar o minério de ferro fino nos portos chineses com um custo em torno de
US$40-50/t. Ou seja, se esses custos forem,
de fato
all-in sustaining cash costs per ton
mais frete, esses mineradores sobreviverão a
qualquer guerra de preços que possa ocorrer.
A tabela mostra, também, que alguns
produtores chineses, indianos e australianos conseguem colocar seu minério de
ferro a preço abaixo de $80/t e que, possivelmente conseguirão sobreviver a
guerra de preços.
Já a maioria dos mineradores chineses e alguns indianos com
custos operacionais muito altos, entre US$80-150/t não sobreviverão e terão que fechar.
É a lei da sobrevivência do mais apto,
aplicada à mineração de ferro.
A tabela deixa perceber que importantes minas da Vale, Rio Tinto e BHP
juntamente com algumas grandes minas da África como Sishen são as mais
eficientes e, consequentemente, com os custos de produção mais baixos. Em
cima desses custos, devemos lembrar que devem ser adicionados o custo do frete
para a China. Este frete gira em torno de 20-25 dólar por tonelada para o
minério brasileiro. A Vale, que já é a empresa brasileira mais eficiente ainda
tem um custo de frete mais baixo, principalmente por ter a sua própria frota e,
agora, os gigantescos Valemax de 400.000 toneladas. Concluindo: é interessante, sempre que possível, saber os all-in
costs per ton da empresa, pois dessa forma saberemos qual será o futuro
dela em uma crise. Um bom exemplo é a australiana Fortescue que tem um custo
operacional de $43,61, aparentemente baixo, mas o seu custo
total por tonelada (
all-in sustaining cash costs per ton) é de
$84.00. Com um all-in cost acima de $80/t a
Fortescue estará muito fragilizada em uma guerra de preços. No Brasil existem projetos que terão custos operacionais baixíssimos como os
da O2iron que serão as estrelas das próximas décadas. Ao mesmo tempo projetos
com custos elevados como o Minas-Rio terão que ser revistos ou serão sucateados. As junior companies que não conseguirem produzir dentro desta estrutura de
custos irão, também, desaparecer. Autor: Pedro Jacobi - O Portal do Geólogo
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