Novo estudo revela detalhes da geologia de Titã

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e da Universidade do Tennessee divulgaram nesta semana um estudo que traz uma análise detalhada do passado geológico de Titã, a maior lua de Saturno, ajudando a revelar a história do satélite, que permaneceu misteriosa por muitos anos por conta da densa atmosfera rica em metano e nitrogênio, que impedia os cientistas de verem o que havia em seu solo.

Em 2004, a sonda Cassini-Huygens penetrou na atmosfera de Titã e revelou um terreno congelado, delineado por rios de metano líquido ao longo de milhões de anos; agora, a análise dos dados já trazidos mostra que os rios trouxeram quantidade pouco significativa de erosão a pontos da lua. Isso pode ser explicado por dois fatores, dizem os pesquisadores: ou a velocidade da erosão em Titã é extremamente lenta ou algum fenômeno recente varreu indícios de eras anteriores.

Segundo Taylor Perron, professor-assistente de Geologia no MIT e membro da equipe responsável pelo estudo, há muitas semelhanças entre os processos de erosão de Titã e os da Terra, a despeito da combinação de substâncias e das variações de temperatura – características completamente diferentes entre os dois corpos celestes.