Micróbios: o futuro da mineração de cobre?

Uma parceria entre a Codelco, estatal chilena do cobre, e a japonesa Nippon Metals and Mining está estudando uma alternativa curiosa para o processo de extração do metal vermelho: micróbios. As duas empresas fundaram a Biosigma, uma empresa de biotecnologia que estuda bactérias que separam os metais no minério, para aumentar a recuperação do cobre e reduzir custos operacionais.

Segundo as parceiras, usar bactérias pode trazer taxas de retorno de até 90% em minério extraído de poços, ante uma média de 60% pelos métodos utilizados em escala atualmente. Os minerais são colocados em ácido, e então os pesquisadores introduzem bactérias que agem na solução de forma a desmantelar a rocha e isolar o cobre liquefeito. Depois de um processo eletroquímico especial, o cobre é solidificado e pode então ser utilizado em aplicações industriais.

O método dos micróbios é mais barato e mais ecológico que a mineração convencional, fazendo uso de microrganismos que vivem naturalmente nas regiões extraídas e que não são patogênicos. As bactérias também estão sendo testadas para extrair ouro e urânio, e no futuro poderão vir a ser usadas para limpar a poluição e a corrosão causadas pela acidez dos resíduos da mineração.