07/10/2024 17:08:36
Simandou: uma ameaça real ao domínio da Vale?
Publicado em: 18/05/2016 16:58:00
Simandou uma jazida de mais de 2 bilhões de toneladas de minério de ferro de alto teor encravada no coração da Guiné é, para muitos, o fim do domínio absoluto que a Vale impõe ao setor.
As luzes amarelas foram acesas no painel da Vale, agora que a Rio Tinto entrou com um bankable feasibility study o último passo antes do início da lavra.
Se aprovado e a lavra iniciar, o mundo verá 100 milhões de toneladas anuais com teores de 65% de ferro concorrendo com minérios de qualidade mais baixa. Mesmo em períodos de grande oferta o minério de Simandou será uma grande ameaça à todos os demais produtores.
Será que Simandou vai realmente entrar em produção em 2018 como planejado?
Será que será o fim do domínio da Vale?
Muitos acreditam que sim.
No entanto nem tudo em Simandou é assim tão claro veja os pontos abaixo:
-A Rio Tinto tem 46,6% do projeto, seguida pela Chinalco com 41,3 e pela IFC com 4,6%.
-Como se não bastasse esta divisão de forças o financiamento da infraestrutura (porto, estradas e ferrovia) será feito por um terceiro.
-Nada disso ocorre com a Vale, quando o assunto é o S11D, um projeto de 90Mt/ano de minério de ferro de alta qualidade que deve entrar em produção já em 2016.
-O S11D já tem a sua infraestrutura resolvida.
-Com a entrada do S11D e com o aumento da produção de Roy Hill que irá atingir 55Mt/ano os preços deverão estabilizar ou até cair, o que não vai ajudar o payback de Simandou.
-Em Simandou a Rio Tinto ainda tem que investir na mina, juntamente com o Governo da Guiné.
-Calcula-se que só o CAPEX da mina de Simandou, mesmo reduzido recentemente, atinja US$18 bilhões.
-No S11D a Vale já investiu grande parte dos US$16 bilhões necessários.
Por todas essas razões, apesar de Simandou ser um projeto diferenciado é possível que ele não seja bancado pelas instituições financeiras aos preços de hoje.
Assim como O Portal do Geólogo outros acreditam que o custo da infraestrutura, que inclui a construção de 650km de ferrovias, 128km de estradas, porto de águas profundas, tuneis e pontes irá reduzir a drasticamente a economicidade de Simandou e, consequentemente, atrasar o início do projeto.
É o efeito África, que irá pesar e inviabilizar Simandou.
Segundo um estudo anterior chegou-se a conclusão que somente o custo da infraestrutura será superior a US$12 bilhões. Isto sem contar com problemas inerentes a uma das regiões mais perigosas do mundo que há pouco tempo atrás foi paralisada com um surto de Ebola.
Temos, portanto um projeto de mais de US$40 bilhões a ser pago em um período de preços deprimidos...difícil.
Quando todos esses dados são colocados no fluxo de caixa, Simandou parece ser, na realidade, mais um projeto para “gerações futuras”.
Possivelmente, se nada extraordinário ocorrer, Simandou continuará com o título de maior e melhor projeto de minério de ferro ainda não desenvolvido do mundo, por muito tempo...
Autor:
Pedro Jacobi -
O Portal
do Geólogo
editoriais ferrosos mercados minex 47594
Caro
usuário do Portal do Geólogo
Se você gosta de descobertas
arqueológicas inéditas no meio da Amazônia vai gostar do livro
que estou lançando. É um não ficção sobre uma pesquisa real que
estou fazendo.
Com o avanço do desmatamento e com o
auxílio da filtragem digital em imagens de satélites, descobri
nada menos do que 1.200 belíssimas construções milenares, no
meio da Amazônia — totalmente inéditas.
São obras
pré-históricas, algumas datadas em 6.000 anos, incrivelmente
complexas e avançadas — as maiores obras de aquicultura da
pré-história que a humanidade já viu.
Neste livro
você se surpreenderá com essas construções monumentais,
grandiosas e únicas, feitas por aqueles que foram os primeiros
arquitetos e engenheiros do Brasil.
Trata-se de importante descoberta
arqueológica que vai valorizar um povo sem nome e sem história.
Um povo relegado a um plano inferior e menosprezado pela maioria
dos cientistas e pesquisadores.
Dele quase nada sabemos. Qual é a sua
etnia, de onde veio, quanto tempo habitou o Brasil e que língua
falava são pontos a debater.
No entanto o seu legado mostra que
ele era: muito mais inteligente, complexo e tecnológico que
jamais poderíamos imaginar.
Foram eles que realmente descobriram
e colonizaram a Amazônia e uma boa parte do Brasil.
E,
misteriosamente, depois de uma vida autossustentável com
milhares de anos de uma história cheia de realizações eles
simplesmente desapareceram — sem deixar rastros.
Para onde foram?
Compre agora!
O livro, um eBook, só está à venda na Amazon. Aproveite
o preço promocional!
|
Minerador,
quer negociar a sua área, ganhar dinheiro com a mineração, atrair sócios
estrangeiros ou pesquisar os minérios em sua área?
Por que esperar mais?
Só para você: veja as matérias que selecionamos sobre o assunto: |
Será que já chegamos ao minimo Solar e a uma nova Mini Era Glacial?
3/5
Ser Geólogo
6/8
Geologia é vida!
29/5
Baixíssima atividade solar: cientistas apontam para a possibilidade de uma nova mini era do gelo em poucos anos
24/4
RENCA: após 33 anos de inatividade e incompetência a Reserva Nacional do Cobre volta ao investimento privado
4/7
Mineração: as melhores apostas de 2016
20/1
S11D, o sonho da Vale, entra em produção
18/1
Exploração mineral: por que investir em zinco?
17/1
Brasil: a volta dos investimentos
17/1
Bons ventos na mineração: o minério de ferro explode em 2017
16/1
A ameaça de Pasadena: a vez e a hora de Dilma Roussef
20/11
Trump pode ser o catalizador de um novo boom na mineração
10/11
Efeito Trump: Minério de ferro em alta recorde
11/10
|
Não entendeu a palavra?
Pesquise o termo técnico!
|
|