21/11/2024 06:12:23
Almahata Sitta: os diamantes que vieram do espaço
Publicado em: 29/05/2015 17:33:00
Quando o carbono é submetido a imensas pressões e temperaturas elevadas ele pode se transformar em diamante. É assim no nosso planeta, em profundidades maiores que 120km de crosta quando as condições para a formação dos diamantes existem. É o chamado campo de estabilidade do diamante (veja o gráfico).
Esses diamantes são trazidos à superfície por rochas vulcânicas formadas a grandes profundidades: os kimberlitos e os lamproitos.
Aqui na Terra a quantidade de diamantes formada em profundidade é relativamente pequena, o que é confirmado pelos teores achados nos kimberlitos que geralmente são medidos em poucos quilates em cada cem toneladas de rochas.
No entanto, ao contrário da Terra, os astrônomos acreditam que alguns corpos celestes possam ter um núcleo formado quase que exclusivamente de diamante.
Em caso de explosão ou choque esses corpos poderiam “semear” meteoritos a base de diamantes por todo o sistema solar.
Imagine só encontrar um meteorito de diamante maciço...
A possibilidade da existência desses meteoritos diamantíferos é elevada e alimenta algumas empresas como a Planetary Resources, que planejam lavrá-los no espaço.
De volta a Terra, os geólogos sabem que diamantes podem, também, ser formados no impacto de meteoritos contra a superfície do planeta. Esses diamantes são extremamente pequenos e, muitas vezes são descritos como micro ou nanodiamantes.
Existem uns agregados de diamantes de baixa qualidade chamados carbonados que, por não terem associação com kimberlitos ou lamproitos podem ter uma origem extraterrena. Os carbonados encontrados na Bahia são os maiores agregados de diamantes jamais encontrados, atingindo mais de 3.000 quilates.
Era assim que os cientistas contavam a história dos diamantes vindos ou não do espaço: até a queda do meteorito Almahata Sitta em 7 de outubro de 2008.
Este meteorito foi o primeiro a ser detectado antes do choque e caiu no deserto do Sudão causando uma explosão cuja luz foi vista a 1.400km de distância.
As buscas foram intensas e os pesquisadores acharam centenas de fragmentos de um acondrito ureilítico com grãos carbonosos, espalhados em quilômetros de deserto (veja a foto).
Até então o Almahata Sitta era uma história corriqueira: mais um meteorito descoberto. Foi quando descobriram que os fragmentos do meteorito continham diamantes.
Não eram os tradicionais nanodiamantes, mas diamantes muito maiores do que os encontrados em meteoritos. A explicação genética para esses diamantes aponta para uma formação similar aos dos nossos diamantes terrestres: em grandes profundidades dentro de um corpo planetário (planetesimal) que se fragmentou nos primórdios do sistema solar.
Os resultados do estudo feito na Universidade de Hiroshima no Japão mostra que os diamantes foram fraturados em cristais menores que estão orientados da mesma maneira. Ou seja os diamantes eram parte de pedras maiores fraturadas no impacto.
A descoberta deste meteorito aumenta as expectativas das novas empresas de mineração espacial que, no momento, buscam financiamentos para serem lançadas.
Em breve veremos mais uma emocionante etapa da exploração mineral: a do espaço sideral.
Autor:
Pedro Jacobi -
O Portal
do Geólogo
geogem geologia minex vocesabia 10615
Caro
usuário do Portal do Geólogo
Se você gosta de descobertas
arqueológicas inéditas no meio da Amazônia vai gostar do livro
que estou lançando. É um não ficção sobre uma pesquisa real que
estou fazendo.
Com o avanço do desmatamento e com o
auxílio da filtragem digital em imagens de satélites, descobri
nada menos do que 1.200 belíssimas construções milenares, no
meio da Amazônia — totalmente inéditas.
São obras
pré-históricas, algumas datadas em 6.000 anos, incrivelmente
complexas e avançadas — as maiores obras de aquicultura da
pré-história que a humanidade já viu.
Neste livro
você se surpreenderá com essas construções monumentais,
grandiosas e únicas, feitas por aqueles que foram os primeiros
arquitetos e engenheiros do Brasil.
Trata-se de importante descoberta
arqueológica que vai valorizar um povo sem nome e sem história.
Um povo relegado a um plano inferior e menosprezado pela maioria
dos cientistas e pesquisadores.
Dele quase nada sabemos. Qual é a sua
etnia, de onde veio, quanto tempo habitou o Brasil e que língua
falava são pontos a debater.
No entanto o seu legado mostra que
ele era: muito mais inteligente, complexo e tecnológico que
jamais poderíamos imaginar.
Foram eles que realmente descobriram
e colonizaram a Amazônia e uma boa parte do Brasil.
E,
misteriosamente, depois de uma vida autossustentável com
milhares de anos de uma história cheia de realizações eles
simplesmente desapareceram — sem deixar rastros.
Para onde foram?
Compre agora!
O livro, um eBook, só está à venda na Amazon. Aproveite
o preço promocional!
|
Minerador,
quer negociar a sua área, ganhar dinheiro com a mineração, atrair sócios
estrangeiros ou pesquisar os minérios em sua área?
Por que esperar mais?
Só para você: veja as matérias que selecionamos sobre o assunto: |
Cientistas descobrem que adaga de Tutankamon é feita de meteorito
6/2
Estudo em meteoritos mostra que oxigênio era abundante na atmosfera terrestre primitiva
5/11
Frank o caçador de meteoritos
5/3
Surpresa! A camada de meteoritos
23/2
Confirmado: meteorito matou o motorista indiano
15/2
Qual a chance de você ser atingido por um meteorito? Um motorista de ônibus indiano é o primeiro caso de morte por meteorito confirmado na história do Homem.
2/7
Que tal dar um meteorito de Natal? Este aqui vai custar mais de 1 milhão de dólares...
21/12
Estudo em meteoritos mostra que oxigênio era abundante na atmosfera terrestre primitiva
15/9
Brasil é rebaixado para lixo. Quais as consequências na mineração?
10/9
Plutão: novas fotos, novas descobertas...
22/7
Surpresa! A geologia ativa de Plutão
16/7
Foto histórica: nave New Horizons tira a primeira foto em proximidade de Plutão
14/7
NASA descobre vidros de impacto em crateras marcianas
16/6
Todos os meteoritos do mundo
27/5
|
Não entendeu a palavra?
Pesquise o termo técnico!
|
|