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Reflexão: as grandes mineradoras estão prejudicando o país onde operam, quando vendem minério de ferro sem valor agregado?
Publicado em: 24/05/2015 20:30:00
Nos últimos dias o Primeiro Ministro Australiano Tony Abbott quase iniciou um inquérito sobre a guerra do minério de ferro e seus malefícios para a economia australiana.
Uma boa parte da população e das empresas de mineração australianas estavam contrárias às estratégias da Rio Tinto e da BHP em inundar o mercado com minério barato, destruindo a concorrência e derrubando preços. Os prejuízos, só na Austrália, foram calculados em bilhões e o número de empresas quebrando e desempregando é assustador.
Depois de alguma reflexão Tony Abbott declarou politicamente que um inquérito parlamentar “iria colocar mais calor do que luz”.
Assim foi engavetado o inquérito.
Já, pelo outro lado, surgiu na Austrália, um novo e mais sério questionamento: será que as grandes mineradoras não estão vendendo o minério de ferro da Austrália, sem agregar valor, a preços aviltantes, sem se preocupar com os interesses do país e do povo?
Afinal o minério é uma propriedade dos australianos não das empresas de mineração, diz Flavio Menezes professor de economia da University of Queensland.
Flavio Meneses está certo. Esta preocupação já foi exposta e discutida aqui no Portal do Geólogo em algumas ocasiões.
Nós acreditamos que vender minérios de alta qualidade, um bem finito, por preços espúrios, sem agregar valor é um crime lesa-pátria. Acreditamos, também, que todos os recursos minerais são da União e do Povo Brasileiro e que as mineradoras, que os exploram por concessões, devem ter como objetivo claro o benefício final do povo e da sociedade. Ou seja: além do lucro existe uma função social que não pode ser negligenciada.
Desta forma a venda de minério de ferro sem adição de valor é perniciosa e prejudicial à sociedade que se vê privada dos reais lucros da conversão de minério em produtos industrializados.
Este prejuízo, que vem se acumulando nas últimas décadas, infelizmente, deve se agravar agora que os chineses estão injetando bilhões na Vale.
A contrapartida desses bilhões da China será o fornecimento de um minério brasileiro de alta qualidade tipo Brazilian Blend e S11D por um longo período de tempo: sem nenhum valor agregado. Tudo o que não poderia ocorrer.
Pense bem e responda: será isso bom para o Brasil?
A Vale, por incrível que pareça, causa inúmeros estragos à economia nacional e ao povo brasileiro, que ainda se encontra mergulhado no desemprego e na pobreza, ao vender bilhões de toneladas do minério de qualidade produzido em Carajás, nos últimos 30 anos, sem nenhum valor agregado.
Ela literalmente “entregou” o minério bruto de altíssima qualidade a preços de banana para chineses, japoneses e coreanos que usam o ferro de Carajás para gerar produtos industrializados de alta tecnologia que exportam de volta ao Brasil a preços exorbitantes.
Uma política de terceiro mundo, que nos coloca no degrau mais baixo do extrativismo mineral, onde todo o lucro da cadeia produtiva está sendo ofertado aos importadores, literalmente de graça.
Nestas décadas os executivos da Vale, muito bem pagos e sem nenhum problema na consciência, continuam celebrando a exaustão dos nossos bens minerais e a venda de um produto básico, ultrajantemente barato e sem nenhum valor adicionado.
Enquanto eles celebravam, várias gerações de brasileiros sofrem, na carne, as consequências de um lucro que jamais se realizou.
Está correto isso?
veja a matéria
Autor:
Pedro Jacobi -
O Portal
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