Vale prova do próprio veneno e tem prejuízo de US$4,97 bilhões no semestre

A Vale não esperava por essa.

A guerra do minério de ferro entre a mineradora brasileira e as australianas Rio Tinto e BHP, que objetivava matar ou enfraquecer aos demais mineradores se volta, agora, contra os protagonistas.

A queda do preço do minério foi tão intensa que destruiu não só os lucros da Vale como, também, o seu valor de mercado. A empresa entrou em espiral e apresenta hoje um cenário de desolamento exacerbado pela queda do real.

As ações da Vale estão em queda ininterrupta desde 2011 e o seu valor de mercado hoje é de apenas US$35 bilhões.

Com esses números pífios e com um gerenciamento fraco a Vale já é a quarta do mundo, sendo ultrapassada pela Glencore, que tem hoje um valor de mercado de US$40,5 bilhões.

Para piorar a situação o último balanço trimestral de 2015 mostra que a empresa continua perdendo enormes somas e pulverizando o seu valor.

O prejuízo do primeiro trimestre de 2015 foi de US$3,12 bilhões e do último trimestre de 2014 de US$1,85 bilhões.

Este prejuízo total de US$4,97 bilhões corresponde a mais de 14% do valor da Vale, destruídos em apenas 6 meses.

Apesar destes sérios problemas a Vale, enfraquecida, continua firme no seu intento de iniciar a produção de 90 milhões de toneladas por ano, no seu melhor projeto de minério de ferro, o S11D.

O S11D tem um minério com a melhor qualidade do mundo que, se depender da Vale, será vendido a preço de banana, sem nenhum valor agregado.
No momento as ações da Vale caem mais de 2%.

Autor:   Pedro Jacobi - O Portal do Geólogo

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