21/11/2024 05:53:35
Vale: cinco anos em queda
Publicado em: 05/10/2015 14:52:00
Se você tivesse sua suada poupança de R$100.000,00 em ações da Vale em janeiro de 2011 hoje essas ações valeriam apenas R$27.000,00. Você estaria amargando um prejuízo de 73% e, talvez, todo o sonho de uma futura aposentadoria teria se evaporado.
Esse número fica bem pior se colocarmos a inflação acumulada de 32% deste período...
Este é o triste desempenho de uma empresa que um dia foi a segunda maior mineradora do mundo e que chegou a valer US$199 bilhões. Hoje o valor de mercado da Vale é 88% menor, de apenas US$23 bilhões.
O que aconteceu com a nossa Vale?
Nestes anos a Vale vem enfrentando toda a sorte de problemas como a queda dos preços do minério de ferro, das commodities e uma sucessão de erros gerenciais como o foco na venda de produtos sem valor agregado, compra equivocada de ativos, guerra de preços com suas principais rivais e o envolvimento em projetos escusos como Simandou, um caso que poderá penalizar a Vale em bilhões de dólares caso comprovada a sua participação no processo de corrupção.
O percurso da empresa, que em 2012 foi eleita a pior mineradora do mundo (Public Eye Award), nestes 5 anos é pontilhado de problemas, que resultaram na fuga de investidores e neste prejuízo colossal.
Explicar esse fracasso gigantesco colocando toda a culpa na queda dos preços do minério de ferro, queda, aliás, que a Vale e suas competidoras Rio Tinto e BHP irresponsavelmente aceleraram com a estratégia de inundar o mercado com produtos baratos, é uma falácia.
Existem outras causas e a maior delas é a má gestão. É a má gestão que faz a Vale perder 8,5% de tudo o que compra segundo relatório do Citi de 2015. Somente em 2013 a mineradora teve que depreciar o seu patrimônio em mais de 24 bilhões de reais.
Em julho a Vale vendeu, por apenas US$1 (um dólar), a mina de carvão Isaac Plains após ter investido US$835 milhões. E não para por aí: ela continua tendo que vender ativos, mal comprados, como a Integra, paralisada desde 2014 a preço de banana, penalizando, mais uma vez aos seus acionistas.
A sua incursão no carvão de Moatize é recheada de insucessos. A empresa investiu bilhões em mina, ferrovia e porto, mas não consegue produzir e exportar o previsto sendo obrigada a vender grande parte dos ativos contabilizando prejuízos mastodônticos.
Entre as péssimas aquisições feitas pela Vale está a INCO onde a mineradora gastou 19 bilhões de dólares no momento em que o níquel começava um longo período de queda. Hoje a Vale tenta empacotar todo o ativo em uma nova empresa a ser vendida na bolsa para, com isso, conseguir recuperar parte do dinheiro perdido.
No quesito prejuízo a Vale conseguiu superar as suas grandes rivais Rio Tinto e BHP que também sofrem com a depreciação das commodities.
Apesar disso, nestes cinco anos a BHP cresceu 10% mais do que a Vale e a Rio 27% mais.
O pior é que nada do que a Vale está fazendo hoje é o suficiente para reverter totalmente esse quadro de perdas.
Espera-se que a partir do ano que vem, a mineradora terá um novo ciclo de crescimento com a entrada dos 90 milhões de toneladas do minério de alta qualidade e baixo custo do S11D.
A mina S11D vai aumentar a competitividade da Vale perante as suas maiores rivais, mas não será o suficiente para uma virada de mesa.
A Vale precisa ainda aumentar o valor agregado de seus produtos de exportação e desta forma turbinar o seu fluxo de caixa.
Exportar minério bruto moído sem nada acrescentar é dilapidar suas reservas e condenar o Brasil a ser um espectador privilegiado da lavra predatória de um dos nossos mais preciosos bens: os jazimentos de Carajás.
Em poucas décadas o minério de ferro de alta qualidade de Carajás será história.
O que irá ficar para a população da região ou do país?
Quase nada!!
Com a tonelada do minério sendo vendida a menos de US$60 dólares não teremos muito que celebrar. Já os chineses, japoneses e coreanos, que compram o nosso minério de ferro a preço espúrio, permitido pela Vale, esses sim, terão muito a celebrar. Eles irão transformar uma matéria prima barata em produtos de alta tecnologia, caríssimos, que serão vendidos, ironicamente, para muitos países, entre os quais o empobrecido e dilapidado Brasil.
Autor:
Pedro Jacobi -
O Portal
do Geólogo
editoriais mercados ferrosos polemicos 5892
Caro
usuário do Portal do Geólogo
Se você gosta de descobertas
arqueológicas inéditas no meio da Amazônia vai gostar do livro
que estou lançando. É um não ficção sobre uma pesquisa real que
estou fazendo.
Com o avanço do desmatamento e com o
auxílio da filtragem digital em imagens de satélites, descobri
nada menos do que 1.200 belíssimas construções milenares, no
meio da Amazônia — totalmente inéditas.
São obras
pré-históricas, algumas datadas em 6.000 anos, incrivelmente
complexas e avançadas — as maiores obras de aquicultura da
pré-história que a humanidade já viu.
Neste livro
você se surpreenderá com essas construções monumentais,
grandiosas e únicas, feitas por aqueles que foram os primeiros
arquitetos e engenheiros do Brasil.
Trata-se de importante descoberta
arqueológica que vai valorizar um povo sem nome e sem história.
Um povo relegado a um plano inferior e menosprezado pela maioria
dos cientistas e pesquisadores.
Dele quase nada sabemos. Qual é a sua
etnia, de onde veio, quanto tempo habitou o Brasil e que língua
falava são pontos a debater.
No entanto o seu legado mostra que
ele era: muito mais inteligente, complexo e tecnológico que
jamais poderíamos imaginar.
Foram eles que realmente descobriram
e colonizaram a Amazônia e uma boa parte do Brasil.
E,
misteriosamente, depois de uma vida autossustentável com
milhares de anos de uma história cheia de realizações eles
simplesmente desapareceram — sem deixar rastros.
Para onde foram?
Compre agora!
O livro, um eBook, só está à venda na Amazon. Aproveite
o preço promocional!
|
Minerador,
quer negociar a sua área, ganhar dinheiro com a mineração, atrair sócios
estrangeiros ou pesquisar os minérios em sua área?
Por que esperar mais?
Só para você: veja as matérias que selecionamos sobre o assunto: |
Mineração: as melhores apostas de 2016
20/1
S11D, o sonho da Vale, entra em produção
18/1
Bons ventos na mineração: o minério de ferro explode em 2017
16/1
Trump pode ser o catalizador de um novo boom na mineração
10/11
Efeito Trump: Minério de ferro em alta recorde
11/10
Mineração: adicionar valor ou morrer tentando...
3/9
Conselhos ao geólogo recém-formado
8/9
Brazil Resources supera 480% no ano: analistas apostam em 1.900% ainda em 2016
18/7
O dilema da Vale
20/6
Brazil Resources: como comprar muito com tão pouco
15/6
Samarco, um caso mal resolvido
14/6
Mineração: como destruir 32% de todo o CAPEX investido
6/8
Por que a Vale ainda é uma boa aposta, mesmo com uma dívida de 116 bilhões de reais?
6/7
Vale: Murilo Ferreira na mira de Temer
6/2
|
Não entendeu a palavra?
Pesquise o termo técnico!
|
|