21/11/2024 05:51:44
Petróleo em queda: quem ganha e quem perde?
Publicado em: 18/01/2016 18:03:00
Afinal, a queda do barril de petróleo abaixo dos US$30 é uma boa ou uma má notícia?
Em 2014, quando os Estados Unidos, graças aos folhelhos (xistos), haviam dobrado a produção de petróleo o mundo viu um fenômeno raro. Os membros da Opec aumentaram a produção para manter a fatia de mercado e para enfraquecer os americanos que, na época, tinham custos elevados para produzir o óleo dos xistos.
O tiro saiu pela culatra.
Sob pressão os produtores americanos se mostraram criativos e resilientes. Em pouco tempo o fracking foi ampliado e novas técnicas de sondagens horizontais foram criadas. Os produtores otimizaram os processos e passaram a perfurar mais de dez novos furos horizontais a partir de um único poço de produção aperfeiçoando ainda mais as técnicas de sondagem e extração.
Em decorrência conseguiram reduzir os custos operacionais e os Estados Unidos continuam a produzir imensas quantidades de óleo e gás a partir de suas jazidas de folhelhos betuminosos.
Desde 2010 a produção americana de óleo praticamente dobrou, (veja o gráfico abaixo) graças à exploração dos folhelhos (oil shales). Este gráfico desmistifica a história de que a produção de óleo dos folhelhos foi paralisada com a queda dos preços.
Com toda essa produção o que se vê é uma oferta maior que a procura, o que acelera ainda mais a queda dos preços do barril.
Com a entrada no mercado do petróleo iraniano o aumento da produção iraquiana, que duplicou em pouco tempo e a desaceleração na China a tendência é de uma queda ainda mais forte.
Vários analistas apostam em preços do barril ao redor dos US$20,00.
Se isso ocorrer muitos países irão sofrer, especialmente a Rússia e os países árabes.
Este cenário de queda afeta (quem diria) a Arábia Saudita que começa a se enfraquecer com a crise e com a guerra fria contra o Irã.
Eles e os demais membros da OPEC precisam de um preço do óleo muito acima do atual para voltar a crescer. Acredita-se que somente os Sauditas precisarão de um preço em torno de US$100 para equilibrar o orçamento.
A situação é grave e leva a oligarquia saudita, rachada por brigas internas pelo poder, a considerar a abertura de capital de sua maior empresa a Aramco, como forma de financiar o buraco aberto pela conta do óleo.
Empresas de petróleo e bancos estão enfrentando grandes prejuízos.
No outro lado deste espectro milhões de pessoas celebram as sucessivas quedas do preço do petróleo. Para elas todo o dia é Natal.
Os americanos, por exemplo, estão pagando preços cada vez menores pelo combustível e pelo gás o que implica em uma economia significativa no orçamento familiar. Nos Estados Unidos e em países Europeus e asiáticos como o Japão o povo tem grandes motivos para celebrar a cada queda de preço, que é repassada à população.
O custo familiar está em queda e isso fortalece as vendas. É o retorno das SUVs nos Estados Unidos.
Muitas empresas estão, também, experimentando importantes reduções nos custos operacionais devido às quedas do preço do barril. Mineradoras que lidam com frotas gigantescas e com fretes exorbitantes estão tendo um alívio importante no fluxo de caixa. É o caso das gigantes Vale e Rio Tinto, que conseguem extrair da queda do petróleo um alívio para a queda do minério de ferro.
Já aqui no Brasil, como era de se esperar, continuamos na contramão.
Enquanto os preços do petróleo despencam no mercado internacional a gasolina brasileira sobe desenfreadamente causando inflação e desemprego. Tudo para tapar os furos orçamentários de um governo perdulário e incompetente.
Este aumento dos combustíveis brasileiros é o que salva a Petrobras do colapso.
A empresa continua a aumentar a produção de petróleo em poços que, se já não estão, entrarão no vermelho.
Há menos de um ano o governo dizia que até US$45/barril o pré-sal ainda seria viável. Hoje, com o barril abaixo dos US$30 praticamente todo o pré-sal está no vermelho e só resta apostar em uma reviravolta no mercado mundial o que parece improvável.
Com pouco caixa, valendo pouco, rebaixada a má pagadora e com uma dívida sete vezes maior do que o seu valor de mercado a Petrobras tenta vender os seus principais ativos para sobreviver.
Hoje a empresa cogita na venda de poços do pré-sal e até participações na BR Distribuidora.
Autor:
Pedro Jacobi -
O Portal
do Geólogo
editoriais energia geoestatais mercados 6537
Caro
usuário do Portal do Geólogo
Se você gosta de descobertas
arqueológicas inéditas no meio da Amazônia vai gostar do livro
que estou lançando. É um não ficção sobre uma pesquisa real que
estou fazendo.
Com o avanço do desmatamento e com o
auxílio da filtragem digital em imagens de satélites, descobri
nada menos do que 1.200 belíssimas construções milenares, no
meio da Amazônia — totalmente inéditas.
São obras
pré-históricas, algumas datadas em 6.000 anos, incrivelmente
complexas e avançadas — as maiores obras de aquicultura da
pré-história que a humanidade já viu.
Neste livro
você se surpreenderá com essas construções monumentais,
grandiosas e únicas, feitas por aqueles que foram os primeiros
arquitetos e engenheiros do Brasil.
Trata-se de importante descoberta
arqueológica que vai valorizar um povo sem nome e sem história.
Um povo relegado a um plano inferior e menosprezado pela maioria
dos cientistas e pesquisadores.
Dele quase nada sabemos. Qual é a sua
etnia, de onde veio, quanto tempo habitou o Brasil e que língua
falava são pontos a debater.
No entanto o seu legado mostra que
ele era: muito mais inteligente, complexo e tecnológico que
jamais poderíamos imaginar.
Foram eles que realmente descobriram
e colonizaram a Amazônia e uma boa parte do Brasil.
E,
misteriosamente, depois de uma vida autossustentável com
milhares de anos de uma história cheia de realizações eles
simplesmente desapareceram — sem deixar rastros.
Para onde foram?
Compre agora!
O livro, um eBook, só está à venda na Amazon. Aproveite
o preço promocional!
|
Minerador,
quer negociar a sua área, ganhar dinheiro com a mineração, atrair sócios
estrangeiros ou pesquisar os minérios em sua área?
Por que esperar mais?
Só para você: veja as matérias que selecionamos sobre o assunto: |
Trump pode ser o catalizador de um novo boom na mineração
10/11
Mineração: em quem apostar as fichas?
22/6
Sauditas preparam uma saída para a armadilha do petróleo
25/4
Commodities em alta conspiram a favor da mineração
20/4
Mercados mundiais reagem à subida dos preços das commodities: mineradoras decolam
13/4
Petrobras é obrigada a dar baixa em campos de petróleo e tem o pior ano de sua história
22/3
Alta generalizada atinge o barril de petróleo, o minério de ferro e o cobre. É hora de comprar?
3/8
Petrobras vai paralisar sondas em seis estados
23/2
Ibovespa sobe mais de 3% com notícias da China e da Lava Jato
22/2
Confirmado: meteorito matou o motorista indiano
15/2
Petrobras vale 4,3 vezes menos do que a Ambev
11/2
Ações das grandes petroleiras em alta. Aqui no Brasil a Petrobras, uma penny stock, cai mais de 5%
26/1
Petrobras: agonia e dor
20/1
Petrobras vai ter que cortar na carne para sobreviver
16/1
|
Não entendeu a palavra?
Pesquise o termo técnico!
|
|