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Petróleo em queda: quem ganha e quem perde?
Publicado em: 18/01/2016 18:03:00
Afinal, a queda do barril de petróleo abaixo dos US$30 é uma boa ou uma má notícia?
Em 2014, quando os Estados Unidos, graças aos folhelhos (xistos), haviam dobrado a produção de petróleo o mundo viu um fenômeno raro. Os membros da Opec aumentaram a produção para manter a fatia de mercado e para enfraquecer os americanos que, na época, tinham custos elevados para produzir o óleo dos xistos.
O tiro saiu pela culatra.
Sob pressão os produtores americanos se mostraram criativos e resilientes. Em pouco tempo o fracking foi ampliado e novas técnicas de sondagens horizontais foram criadas. Os produtores otimizaram os processos e passaram a perfurar mais de dez novos furos horizontais a partir de um único poço de produção aperfeiçoando ainda mais as técnicas de sondagem e extração.
Em decorrência conseguiram reduzir os custos operacionais e os Estados Unidos continuam a produzir imensas quantidades de óleo e gás a partir de suas jazidas de folhelhos betuminosos.
Desde 2010 a produção americana de óleo praticamente dobrou, (veja o gráfico abaixo) graças à exploração dos folhelhos (oil shales). Este gráfico desmistifica a história de que a produção de óleo dos folhelhos foi paralisada com a queda dos preços.

Com toda essa produção o que se vê é uma oferta maior que a procura, o que acelera ainda mais a queda dos preços do barril.
Com a entrada no mercado do petróleo iraniano o aumento da produção iraquiana, que duplicou em pouco tempo e a desaceleração na China a tendência é de uma queda ainda mais forte.
Vários analistas apostam em preços do barril ao redor dos US$20,00.
Se isso ocorrer muitos países irão sofrer, especialmente a Rússia e os países árabes.
Este cenário de queda afeta (quem diria) a Arábia Saudita que começa a se enfraquecer com a crise e com a guerra fria contra o Irã.
Eles e os demais membros da OPEC precisam de um preço do óleo muito acima do atual para voltar a crescer. Acredita-se que somente os Sauditas precisarão de um preço em torno de US$100 para equilibrar o orçamento.
A situação é grave e leva a oligarquia saudita, rachada por brigas internas pelo poder, a considerar a abertura de capital de sua maior empresa a Aramco, como forma de financiar o buraco aberto pela conta do óleo.
Empresas de petróleo e bancos estão enfrentando grandes prejuízos.
No outro lado deste espectro milhões de pessoas celebram as sucessivas quedas do preço do petróleo. Para elas todo o dia é Natal.
Os americanos, por exemplo, estão pagando preços cada vez menores pelo combustível e pelo gás o que implica em uma economia significativa no orçamento familiar. Nos Estados Unidos e em países Europeus e asiáticos como o Japão o povo tem grandes motivos para celebrar a cada queda de preço, que é repassada à população.
O custo familiar está em queda e isso fortalece as vendas. É o retorno das SUVs nos Estados Unidos.
Muitas empresas estão, também, experimentando importantes reduções nos custos operacionais devido às quedas do preço do barril. Mineradoras que lidam com frotas gigantescas e com fretes exorbitantes estão tendo um alívio importante no fluxo de caixa. É o caso das gigantes Vale e Rio Tinto, que conseguem extrair da queda do petróleo um alívio para a queda do minério de ferro.
Já aqui no Brasil, como era de se esperar, continuamos na contramão.
Enquanto os preços do petróleo despencam no mercado internacional a gasolina brasileira sobe desenfreadamente causando inflação e desemprego. Tudo para tapar os furos orçamentários de um governo perdulário e incompetente.
Este aumento dos combustíveis brasileiros é o que salva a Petrobras do colapso.
A empresa continua a aumentar a produção de petróleo em poços que, se já não estão, entrarão no vermelho.
Há menos de um ano o governo dizia que até US$45/barril o pré-sal ainda seria viável. Hoje, com o barril abaixo dos US$30 praticamente todo o pré-sal está no vermelho e só resta apostar em uma reviravolta no mercado mundial o que parece improvável.
Com pouco caixa, valendo pouco, rebaixada a má pagadora e com uma dívida sete vezes maior do que o seu valor de mercado a Petrobras tenta vender os seus principais ativos para sobreviver.
Hoje a empresa cogita na venda de poços do pré-sal e até participações na BR Distribuidora.
Autor:
Pedro Jacobi -
O Portal
do Geólogo

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