O feitiço contra o feiticeiro: as maiores mineradoras devem ser rebaixadas pela Standard and Poors devido a queda dos preços que elas causaram

Por essa a Vale, Rio e BHP não esperavam.

Ao inundar o mercado com minério de ferro barato e assim matar a concorrência, elas não imaginavam que o tiro iria sair pela culatra e que elas teriam que engolir prejuízos monstruosos.

A guerra do minério de ferro está tendo desdobramentos inesperados.

Até o momento ela nos mostrou que é muito mais difícil do que parece quebrar empresas de mineração criativas.

Parece que sempre existe alguma nova maneira de baixar os custos, aumentar os teores, negociar hedges e contratos de fornecimento que vão prolongando a vida da operação, mesmo quando o preço parece ter atravessado o piso inferior. É a mágica que muitas mineradoras conseguiram fazer.

As três grandes também não conseguiram prever o antagonismo mundial que hoje as demoniza e afugentou os investidores que buscam papéis mais rentáveis.

Agora, para piorar tudo, os preços do minério de ferro continuam caindo, possivelmente de volta para o patamar histórico de US$30/t. Isso é o que vários analistas e bancos acreditam, mas que nunca passou pela mente dos executivos das três mineradoras.

A queda é tão significativa que a Standard and Poors deverá rebaixar a nota de, pelo menos, oito das maiores mineradoras de minério de ferro mundo.

E, encabeçando a lista estão as três protagonistas desta história de terror.

A Standard and Poors acredita que os preços deverão permanecer deprimidos, em torno de US$50/t por, pelo menos, dois anos. Se isso ocorrer os prejuízos serão imensos.

Autor:   Pedro Jacobi - O Portal do Geólogo

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