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O desastre dos terras-raras
Publicado em: 07/04/2015 18:38:00
A visita do repórter da BBC Tim Maughan à cidade industrial de Baotou, na Mongólia, trouxe à tona a discussão sobre a destruição do meio ambiente causada pela produção dos terras-raras.
A China é a maior produtora do mundo dos elementos do grupo terras-raras. Esses metais são fundamentais na indústria dos telefones celulares, tablets, imãs de alta potência, lâmpadas frias e de inúmeros eletrônicos de ponta.
No entanto, quando o assunto é a mineração e a metalurgia destes elementos os chineses estão terrivelmente atrasados.
O que eles estão fazendo em Baotou, na Mongólia é um crime contra a natureza. O processamento dos terras-raras só pode ser descrito como o fruto de um garimpo de baixíssima qualidade onde predomina o total desrespeito ao meio ambiente.
A reportagem de Maughan é repleta de adjetivos como “ horripilantes” ou “inferno na Terra” usados para descrever a experiência vivenciada na região produtora.
O ponto mais impactante da visita foi ao lago de rejeitos onde o lixo tóxico é jogado sem o menor cuidado com o meio ambiente.
O Portal do Geólogo já vem publicando matérias, nos últimos anos sobre o assunto e sobre a falta de qualidade das minas e da metalurgia chinesa.
(
veja a matéria )
Mas, parece que nada foi feito para amenizar o imenso impacto ambiental de Baotou.
A China continua produzindo aceleradamente quase 95% destes elementos sem se preocupar com o amanhã.
A maior ameaça à dominância chinesa, que foi a descoberta de um “imenso” depósito de terras-raras na Coréia do Norte, com 216 milhões de toneladas, maior do que todas as demais reservas mundiais somadas, não está mais sendo considerada como real.
Segundo as últimas notícias o assunto é um exagero com cores políticas que talvez nunca se concretize.
Enquanto isso o lixo tóxico continua se acumulando no Lago de Baotou...
Autor:
Pedro Jacobi -
O Portal
do Geólogo
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