CVM acompanha tendências e inicia investigação na Petrobras

Assim como os escritórios de advocacia estrangeiros e até uma cidade americana que estão processando a Petrobras por crime de responsabilidade, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também começa a sua investigação própria.

O que estará sendo investigado é a verdadeira responsabilidade dos executivos da Petrobras e de Dilma Roussef na série de escândalos e dos prejuízos subsequentes aos acionistas.

Cabe aos diretores evitar que tanto a empresa como seus acionistas tenham sérios prejuízos. A conivência, acobertamento ou não divulgação de assuntos relevantes que induzem ao prejuízo pode implicar em crime de responsabilidade. Até o incitamento à compra de ações de uma empresa que está com sérios problemas internos é crime, como o empresário Eike Batista bem sabe...

Em 2009 Dilma Roussef, então Presidente do Conselho de Administração da Petrobras declarou que a empresa tinha um dos sistemas de contabilidade mais preciso e seguro do mundo... Em outra ocasião, em 2.000, 312 mil trabalhadores investiram o seu suado FGTS nas ações da Petrobras incentivados pelo Governo. No período, isso correspondeu a mais de R$1,6 bilhões.

Durante todos esses anos nenhum executivo veio a público e denunciou as irregularidades que um dia viriam penalizar a centenas de milhares de pessoas. A empresa foi saqueada e o seu valor de mercado simplesmente foi quase que totalmente corroído e, somente agora, ficamos sabendo quais os motivos por trás destes prejuízos.

Mesmo assim os executivos da empresa continuam blindados, sem prestar contas como se nada houvesse acontecido.

O prejuízo de milhares talvez pudesse ter sido evitado se os escândalos fossem neutralizados na sua fase inicial.

É essa a linha de investigação que a CVM irá adotar: verificar as responsabilidades dos executivos envolvidos nas decisões nesta década.

Autor:   Pedro Jacobi - O Portal do Geólogo

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