21/11/2024 06:05:04
Código da Mineração vai ser “fatiado”
Publicado em: 17/06/2015 17:02:00
A medida que os anos passam o “novo” código da mineração é empurrado com a barriga, de um lado para outro.
As promessas de uma “célere” aprovação estão na casa das centenas.
Todos os participantes, da Presidente ao Ministro e Deputados envolvidos já garantiram que o código seria aprovado em algum momento dos últimos três anos.
Mas, como sabem muito bem aqueles municípios que perderam centenas de milhões em arrecadação da Cfem, e os milhares de profissionais que perderam o emprego, nada foi feito e a mineração e a pesquisa mineral continuam abandonadas pelo Governo Dilma.
Não deixa de ser paradoxal, pois Dilma tem um passado ligado à mineração: ela foi Ministra das Minas e Energia e até hoje é assessorada pelo geólogo Giles Azevedo, ex-Diretor Geral do DNPM.
Com essas credenciais esperávamos, no mínimo, uma gestão simpática à mineração e à pesquisa mineral brasileira. Mas, não foi o que vimos nesses cinco anos de governo.
Dilma chegou até prometer, em setembro de 2003 quando ministra, que a mineração não seria mais tratada como “ o patinho feio” do Ministério de Minas e Energia.
Ela estava absolutamente correta, pois no conto o patinho feio se transforma em um cisne majestoso o que não aconteceu com a mineração que, no seu governo, foi desfigurada, empobrecida e abandonada.
Um caso clássico de miopia econômica que ainda será usado nas universidades, como exemplo de como não se deve gerenciar a economia de um país.
Continuamos ao sabor do vento e da política errática e sem rumo de Brasília.
A última notícia sobre o Código da Mineração, o caduco Novo Marco Regulatório da Mineração, é preocupante.
Os deputados estão focando, quase que exclusivamente na CFEM, deixando de lado assuntos, não pacificados, mas de suma importância, como o direito de prioridade nos requerimentos minerais.
Segundo o deputado Gabriel Guimarães é possível que o Código de Mineração seja “fatiado” . O que ele quer dizer com isso é que os temas de consenso poderão ser votados e aprovados com antecedência, ficando os demais temas no limbo.
Ou seja: mais uma vez veremos a pesquisa mineral brasileira ser relegada e abandonada, pois sem a manutenção do direito de prioridade ela não existe.
O direito de prioridade é o pilar de sustentação da pesquisa mineral, não só no Brasil, mas em todos os países onde a mineração é séria. É ele que permite ao pesquisador investir dezenas de milhões em exploração mineral e, se for bem sucedido, requerer e lavrar as descobertas minerais.
Afinal, direito de prioridade é isso: o primeiro a requerer tem direito de prioridade sobre os bens minerais descobertos.
Desde que o texto do infame Novo Marco Regulatório da Mineração começou a ser divulgado e debatido, há mais de cinco anos, a desgraça se abateu sobre a pesquisa mineral.
Foi quando o despreparado Ministro Lobão, em uma clara demonstração de desconhecimento das relações entre a pesquisa e a lavra falou, em março de 2010, que “ das 160 mil autorizações de pesquisa (da época) apenas 8 mil estão produzindo”.
Com isso o nosso impopular e obtuso ministro chegou à conclusão que havia “uma especulação em grande escala”.
Parece que o Lobão era o Ministro da Pesca, pois não sabia o óbvio: na pesquisa mineral são necessários milhares de requerimentos de pesquisa para que poucas jazidas sejam descobertas e viabilizadas.
Este foi o princípio do fim.
O Governo Dilma, demonstrando um profundo desconhecimento do assunto (muitos dizem que o governo sabia mas estava querendo estatizar a mineração à força) , comprou a tese do Lobão e foi torpedeado o direito de prioridade e demonizadas as empresas de pesquisa mineral.
O resultado, todos conhecem: desemprego, fuga de investimentos, o caos e o fim da pesquisa mineral no Brasil.
Foram necessários quatro anos de muito trabalho para que em 2014, o relator Quintão fizesse uma retificação no corpo do novo Código restabelecendo o direito de prioridade.
Agora, em 2015, com novos protagonistas, neófitos, eleitos em 2014 os debates voltam à época de 2010 e, possivelmente, estaremos vendo mais um retrocesso gigantesco.
E, podem apostar, a pesquisa mineral brasileira continuará paralisada e o país não verá, como nos últimos anos, nenhuma descoberta mineral importante.
É a nossa sina: continuar com o nosso imenso potencial mineral enterrado no subsolo enquanto o país sofre com inflação, desemprego e desesperança.
Autor:
Pedro Jacobi -
O Portal
do Geólogo
editoriais geologia polemicos vocesabia 4878
Caro
usuário do Portal do Geólogo
Se você gosta de descobertas
arqueológicas inéditas no meio da Amazônia vai gostar do livro
que estou lançando. É um não ficção sobre uma pesquisa real que
estou fazendo.
Com o avanço do desmatamento e com o
auxílio da filtragem digital em imagens de satélites, descobri
nada menos do que 1.200 belíssimas construções milenares, no
meio da Amazônia — totalmente inéditas.
São obras
pré-históricas, algumas datadas em 6.000 anos, incrivelmente
complexas e avançadas — as maiores obras de aquicultura da
pré-história que a humanidade já viu.
Neste livro
você se surpreenderá com essas construções monumentais,
grandiosas e únicas, feitas por aqueles que foram os primeiros
arquitetos e engenheiros do Brasil.
Trata-se de importante descoberta
arqueológica que vai valorizar um povo sem nome e sem história.
Um povo relegado a um plano inferior e menosprezado pela maioria
dos cientistas e pesquisadores.
Dele quase nada sabemos. Qual é a sua
etnia, de onde veio, quanto tempo habitou o Brasil e que língua
falava são pontos a debater.
No entanto o seu legado mostra que
ele era: muito mais inteligente, complexo e tecnológico que
jamais poderíamos imaginar.
Foram eles que realmente descobriram
e colonizaram a Amazônia e uma boa parte do Brasil.
E,
misteriosamente, depois de uma vida autossustentável com
milhares de anos de uma história cheia de realizações eles
simplesmente desapareceram — sem deixar rastros.
Para onde foram?
Compre agora!
O livro, um eBook, só está à venda na Amazon. Aproveite
o preço promocional!
|
Minerador,
quer negociar a sua área, ganhar dinheiro com a mineração, atrair sócios
estrangeiros ou pesquisar os minérios em sua área?
Por que esperar mais?
Só para você: veja as matérias que selecionamos sobre o assunto: |
Agora que decapitaram o Cunha será que vão aprovar o malfadado código mineral?
5/5
“Não vou aproveitar absolutamente nada” disse o Dep. Laudívio Carvalho quando falava do parecer de Leonardo Quintão sobre o “novo” Código de Mineração
30/3
Assim não dá...
22/3
O marco da enrolação
31/8
Código de Mineração: flashes de um desastre em andamento
9/7
Código de Mineração não é aprovado, mas dá emprego aos políticos
13/5
Regime de partilha: o fim está próximo
5/5
Código de Mineração: mais uma Comissão! Existe espaço para otimismo?
25/2
Juniorrecupera
18/2
|
Não entendeu a palavra?
Pesquise o termo técnico!
|
|