O clatrato de metano, também chamado de hidrato de metano é uma mistura onde os
cristais de gelo aprisionam moléculas de metano. A mistura permite um grande
aprisionamento de metano: 1 litro de clatrato gelado aprisiona, em média, 168
litros de gás metano .
Trata-se, portanto, de um gelo combustível como o que vemos na foto ao lado.
Até pouco tempo atrás acreditava-se que este clatrato seria encontrado somente
nos confins do sistema solar. No entanto ele está sendo descoberto nos fundos
dos mares e lagos associados a sedimentos gelados, no permafrost e até nos
polos. Segundo alguns geólogos o clatrato de metano encontrado em grandes blocos
ou misturados aos sedimentos do fundo marinho poderá vir a ser importante fonte
de energia. Estes clatratos de metano foram, também, encontrados em testemunhos
de sondagem efetuadas na Antártica.
A ocorrência está restrita a mais de 300m de profundidade onde as temperaturas
são inferiores a zero graus celsius. O clatrato de metano, em grandes pressões
fica estável até temperaturas da ordem de 18 graus celsius.
Os volumes de clatratos de metano no nosso planeta podem ser significativos.
Muitos acreditam em bilhões a trilhões de toneladas.
Da mesma forma que esse produto será explorado para a obtenção de metano e
geração de energia os clatratos poderão vir a ser um dos grandes vilões do
aquecimento global se sofrerem uma desestabilização decorrente de mudanças
climáticas sérias. Em várias ocasiões foram observadas explosões com
grande geração de metano. Este fenômeno raro poderá vir a assolar a Terra se os
clatratos de metano forem derretidos liberando os gases neles retidos.
O metano dos clatratos geralmente é derivado da ação de micro-organismos sobre
CO2 e matéria orgânica ou do aquecimento de matéria orgânica presente em
sedimentos marinhos.
Até o momento a produção de clatratos foi apenas incipiente na Rússia, mas
deverá ser economicamente viável após 2016 no Japão e China, os primeiros países
com projetos em implantação.